Gente, no comando do teclado está a Diná! Tudo bem com vocês? Passei aqui no Blogue do Rex para contar uma novidade: tem bicho novo na Amazônia! É esse fofíssimo macaco zogue-zogue que aparece aí ao lado. Ele foi descoberto na Colômbia, em um estado chamado Caquetá, que fica na fronteira desse país com o Equador e o Peru. Por isso, foi batizado pelos cientistas de Callicebus caquetensis.
Do tamanho de um gato, o zogue-zogue de Caquetá tem pelo marrom acinzentado, uma barba vermelha ao redor das bochechas e uma longa cauda coberta por pelos cinzas. Se você clicar aqui, pode ouvir o som que a espécie usa pela manhã para anunciar qual é o seu território. Está escutando? Então, anote: os zogue-zogues, também conhecidos no Brasil como guigó ou sauá, produzem um dos chamados mais complexos do reino animal. Machos e fêmeas também costumam formar casais que ficam juntos por um bom tempo. É comum vê-los sentados em um galho de árvore com os rabos entrelaçados!
“Nós tínhamos ouvido falar desse animal, mas por muito tempo não pudemos confirmar se ele era diferente dos outros zogue-zogues. Agora, sabemos que é uma espécie única, e isso mostra a rica variedade de vida que ainda está por ser descoberta na Amazônia”, disse Thomas Defler, um dos três pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia que descobriram a espécie.
Fazia tempo que os cientistas desconfiavam que esse macaco era diferente de todos os outros zogue-zogues que existem. Para você ter uma ideia, em 1976, um especialista em comportamento animal visitou a região e falou pela primeira vez nesse bicho, já sugerindo que ele talvez fosse uma nova espécie. Só que, durante muito tempo, não foi possível visitar a região para tirar a dúvida, por conta da violência. Em 2008, porém, isso mudou e uma expedição foi realizada. Treze grupos de zogue-zogues de Caquetá foram encontrados.
A má notícia, porém, é que se acredita que existam apenas 250 macacos dessa espécie, por conta da destruição das florestas que os abrigam. Isso significa que o zogue-zogue de Caquetá, recém-descoberto, já corre risco de entrar em extinção! Por isso, seus descobridores defendem que ele seja considerado criticamente em perigo e que reservas sejam criadas para protegê-lo. Eu apoio essa ideia. E você?