Quem vê uma água-viva no mar, com aquele jeitão vagaroso, não imagina que ela seja capaz de viajar grandes distâncias. É de se estranhar, então, que exemplares da água-viva-australiana-manchada (Phyllorhiza punctata) tenham sido encontrados no mar de Ubatuba, em São Paulo. Como será que elas chegaram até aqui?

A (i)Phyllorhiza punctata(i) pode medir até 60 centímetros de diâmetro e há registros esporádicos de sua ocorrência no Brasil desde a década de 50. A espécie se alimenta de plâncton e larvas de crustáceos, como camarões (Foto: Orest / Wikimedia Commons / CC BY-SA 2.0)
Provavelmente, de carona em navios! Só que com um detalhe: elas não sabiam que estavam embarcando em uma viagem.
As águas-vivas podem ter viajado quando eram apenas filhotes, em um estágio de seu ciclo de vida chamado pólipo. Nessa fase, elas ainda são pequenas e incapazes de se mover sozinhas, por isso, precisam estar presas a algum lugar. Se o lugar escolhido tiver sido o casco de um navio, já dá pra concluir o que houve – o barco zarpou e, com ele, as águas-vivas!
Outra possibilidade é de que elas tenham chegado até aqui junto com a água de lastro – água do mar armazenada em tanques, nos navios, que servem para dar estabilidade à embarcação – de barcos que aportaram no Brasil. Isso pode acontecer mesmo na fase adulta das águas-vivas.
É nesse estágio, conhecido como medusa, que as águas-vivas-australianas-manchadas já sabem nadar por conta própria e podem causar problemas para os banhistas. “Os riscos são como de qualquer outra água-viva: um encontro com elas pode causar irritações na pele, por exemplo”, diz André Morandini, zoólogo do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Saiba o que fazer em caso de acidentes com águas vivas.
Não é só aos humanos que as águas-vivas invasoras podem causar prejuízos. O meio ambiente também pode ser prejudicado. “Como é uma espécie não originária do Brasil, ela pode estar causando algum prejuízo ao ecossistema”, aponta André. “Porém, ainda não sabemos qual”.
A P. punctata já tem sido observada em diversos lugares do planeta. No Golfo do México, por exemplo, sua presença causou uma redução da população de camarões, o que afetou o meio ambiente e as atividades de pesca.
Não há muito o que fazer em relação às águas-vivas que já estão em águas brasileiras. Porém, existe uma forma de evitar que novos animais venham parar aqui: basta que os navios sejam limpos em alto mar, impedindo que novos animais cheguem até a costa.
Myrela Bispo Dos Santos
As águas-vivas pode ter viajado quando era apenas filhotes em um estágio de seu círculo de vida chamado pólipo nessa fase elas ainda são pequenas é incapazes de se mover sozinha por isso precisam estar pressa a algum lugar o lugar escolhido tiver sido o casco de um navio já dá para concluir o que houve o barco zarpou e com ele as águas-vivas
Publicado em 13 de novembro de 2020
Otávio Brito de Oliveira
Oi professora achei muito interessante.
Publicado em 16 de novembro de 2020
Diogo Brito de Oliveira
Elas são lindas mas perigoso estar perto delas né
Publicado em 16 de novembro de 2020
Yan Fernandes de Souza.
Achei muito legal.e incrível
Publicado em 1 de abril de 2021
Miguel Domingues de Araujo
Que curioso, não sabia que a ardência da pele causada pela água viva e o seu veneno.
Publicado em 3 de abril de 2021
João Henrique
foi bom saber que elas podem ir tão longe
Publicado em 5 de abril de 2021
JORGE EDUARDO DE FREITAS PINHEIRO JUNIOR
Tia e verdade que algumas água vivas?
Tia águas vivas podem ser colocadas em corais ou outros animais?
Achei bem estranho(interessante e curioso) o texto!
Publicado em 5 de abril de 2021
JORGE EDUARDO DE FREITAS PINHEIRO JUNIOR
Tia as algumas águas vivas nao envelhecem e verdade ou falso pq tem jente que dis que sim.
Publicado em 5 de abril de 2021
Isis Lopes Roma
Nossa e muito perigoso para o mundo e se os peixes acabarem cem peixe para todo mundo do mundo
Publicado em 6 de abril de 2021
Pedro
Os navios dão carona para as águas vivas.
Publicado em 19 de abril de 2021