Uma conversa sobre cobras gigantes

O filme é de suspense e, de repente, uma cobra gigantesca rouba a cena, pulando em direção à câmera, parece que vai cair em cima de você, e seu coração quase sai pela boca! São mesmo assustadores os filmes com serpentes, especialmente se elas forem gigantes como as anacondas!

lustração Marco Carillo

Na vida real, as anacondas não são como as do cinema. São, sim, bem compridas, mas menos assustadoras e muito mais tímidas do que na ficção.

Existem quatro espécies diferentes de serpentes conhecidas popularmente como anacondas (ou sucuris). Todas pertencem à mesma família e vivem apenas na América do Sul – são encontradas da Colômbia até o Uruguai.

Vamos apresentar primeiro a você as três anacondas consideradas pequenas. Elas são muito parecidas entre si: todas têm cinco linhas pretas na cabeça. Mas é possível diferenciá-las, até porque vivem muito distantes umas das outras. Ah, claro! Você quer saber quanto elas medem? Em torno de quatro metros de comprimento. Se esse tamanho parece muito, espera para conhecer a maior!

As três “pequenas”

A menor das anacondas é a Eunectes deschauenseei, popularmente chamada sucuri-malhada. Ela tem o corpo marrom-amarelado com grandes e numerosas manchas pretas. Quanto mede? Até três metros de comprimento. É encontrada na região Norte do Brasil e na Guiana Francesa.

Mais ao centro da América do Sul, na Bolívia, vive a Eunectes beniensis ou sucuri-boliviana. Ela também tem manchas pretas, mas são mais espaçadas, e a cor de seu corpo é  verde oliva. É a maior das “pequenas” anacondas, podendo medir pouco mais de quatro metros de comprimento.

Sim, falta uma! A Eunectes notaeus ou sucuri-amarela é assim chamada porque seu corpo tem um tom amarelado, cheio de pequenas manchas pretas. Esta anaconda costuma ter pouco menos de quatro metros de comprimento. É encontrada no Pantanal brasileiro (há alguns registros no Sul do país também), na Argentina, na Bolívia, no Paraguai e no Uruguai.

Paola De la Quintana
Mirco Solé
Departamento de Ciências Biológicas
Universidade Estadual de Santa Cruz

Elmo Borges de Azevedo Koch
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Matéria publicada em 01.09.2022

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