Insetos para todos os gostos

Mas que belo par de pernas! Acredite: esse elogio poderia ser dirigido a uma… barata! Ótima corredora, ela tem as patas super musculosas! Mas, se você nunca notou, relaxe: de tão pequenos que são os insetos, não dá mesmo para enxergar suas características a olho nu. Então, melhor do que tentar pegá-los na mão para ver de perto suas estruturas é dar uma passadinha na Casa da Ciência, no Rio de Janeiro, e conferir a exposição Baratas e afins: o notável mundo dos insetos , em cartaz até novembro.

Detalhe do cartaz da exposição Baratas e afins

Logo na entrada da mostra, um piolho enorme nos espera. Mais à frente, um baratão de 4 metros! Mas calma, estamos falando de réplicas gigantes que, aliás, não são as únicas. Borboletas, joaninhas, mariposas, abelhas, tudo isso compõe um cenário com 40 animais feitos de papel machê. Tem até um grilo falante e uma mosca dançarina!

Além dos bonecos — que deixam o ambiente mais parecido com um zoológico só de insetos — há ainda a instalação ’Olho de mosca’. Trata-se de uma superestrutura arredondada, onde somos convidados a entrar e ver o mundo com outros olhos. Isso porque ela lembra o órgão visual dos insetos — composto por vários olhos individuais — e, como eles, é dividida em vários pedaços. Dentro dela, os visitantes podem assistir a um vídeo feito especialmente para a ocasião, a partir de imagens de filmes como Microcosmos, FormiguinhaZ e Vida de inseto.

Réplicas de grilos, formigas e a mosca dançarina esperam pelos visitantes na exposição Baratas e afins (fotos: Carolina Benjamin)

Seguindo o roteiro da exposição, damos de cara com parte da coleção de insetos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ali, os besouros brilhantes chamam a maior atenção. Interessante é notar que eles abrem mão de se esconder dos predadores só para atrair as fêmeas. E devem fazer o maior sucesso, pois são bonitos à beça! Há também o bicho-pau, você o conhece? Se não, é porque nunca reparou. Ao contrário do besouro brilhante, ele quer mais é se camuflar, por isso parece com um tronco de árvore. É difícil identificá-lo mesmo sabendo que o bicho está a um palmo do nosso nariz!

Mais à frente, encontramos os terrários, armações que simulam o hábitat dos insetos. Podemos acompanhar o natural decorrer do dia de uma formiga-leão, ou uma esperança, por exemplo. E, é claro, vivinhas da silva! Dá para vê-las comendo, descansando, enfim, fazendo tudo a que têm direito! E, quando pensamos que já está esgotado o estoque de surpresas do dia, uma boa notícia: um borboletário com cerca de 50 borboletas vivas nos aguarda num quintal ao fundo da Casa. É um espetáculo de beleza!

Borboleta e besouro: mais réplicas gigantes em exposição

Um passeio pela exposição pode ser uma boa pedida para quem quer entender a importância dos seres mais variados que existem no planeta: sete em cada dez animais são insetos! Muitas vezes eles incomodam, picando e irritando a nossa pele, mas são muito importantes para o equilíbrio do meio ambiente.

As plantas com flores, por exemplo, devem muito a esses animais. Ao buscarem o próprio alimento, abelhas, borboletas, mariposas e vespas grudam-se no pólen das plantas. E não é que o pólen é justamente o pozinho necessário para elas se reproduzirem?! Distribuindo-o por outras flores, os insetos garantem a variedade de cores e odores de um belo jardim!