Cadê a floresta que estava aqui?

A paisagem da Terra mudou muito com a interferência humana. Como assim? Ora, nós eliminamos áreas de floresta para plantar o que comemos, para criar animais, para construir nossas moradias, nossas cidades, as estradas… Também inundamos grandes áreas verdes para construir as usinas hidrelétricas, que geram energia para o nosso bem-estar. Com essas ações, o nosso planeta perdeu e segue perdendo muitos ambientes naturais. Mas como fica o futuro?

Ilustração Mariana Massarani

O nosso planeta é cheio de vida! Há plantas, animais, fungos, bactérias… Há seres adaptados à vida na terra firme, na água e no ar. Todos, não importa a forma ou o tamanho, têm papel importante no seu lugar de origem, isto é, no seu hábitat. Mas, quando nós, humanos, interferimos nesses hábitats, algumas espécies podem perder a capacidade de manter suas populações e, pouco a pouco, desaparecer.

O desaparecimento ou eliminação da espécie e de sua “casa”, ou melhor, do seu ambiente natural, recebe o nome de extirpação da população. Se você pensa que o desaparecimento de algumas plantas ou de alguns animais não é lá coisa muito grave, vamos entender melhor… 

Um exemplo dos efeitos da perda do hábitat natural na biodiversidade é quando pensamos em uma floresta que é derrubada e substituída por plantações, pastos, estradas ou construções. Isso aconteceu, por exemplo, de forma drástica nos arredores do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso. Trinta anos atrás, a região era praticamente toda de florestas. Mas, com o passar do tempo, foram aumentando os desmatamentos, e a paisagem mudou no entorno do Parque. Hoje, o ambiente natural só está preservado lá dentro por se tratar de uma reserva, um espaço protegido da devastação por lei.

Tatiana Motta-Tavares
Carlos Frederico Duarte Rocha
Departamento de Ecologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro