Tem gente que tem paixão por flores, por selos, por passarinhos ou por… sapos! Sapos? Sim, por sapos. Ou melhor, por anfíbios em geral. Acontece com algumas pessoas que escolhem a biologia como profissão. Mas esse interesse pode acontecer também entre crianças. E essa curiosidade apaixonada pode resultar em bons projetos e em ciência cidadã! Já ouviu falar? Acompanhe esta história…
Ilustração Daniel Carvalho
De repente, um toc-toc-toc à noite, perto do brejo, chama a atenção. “Quem bate?” Na verdade, a pergunta deveria ser: “quem coaxa?”, porque o som é típico da perereca-martelo. Na sequência, ouve-se um “fiu-fiu-fiu”. Seria um passarinho caído da árvore? Que nada! É a rãzinha-assobiadora, que não se contém de alegria depois de um banho de chuva.
Os anfíbios têm cantos característicos para diferentes situações – reprodução, defesa, ataque, alimentação… E cada espécie possui um coaxo exclusivo, só dela! Por isso, especialistas em anfíbios conseguem saber quem está coaxando com alguma facilidade.
Mas nem só de encantamento com coaxos vivem esses profissionais. Diversos estudos na área demonstram que, sem os anfíbios, nossas casas, quintais e plantações teriam muito mais formigas, mosquitos, aranhas e escorpiões. Isso porque esses animais são a base da alimentação de sapos, rãs e pererecas, isto é, dos anfíbios.