Samambaias e licófitas são duas linhagens de plantas que não produzem flores, frutos ou sementes. Enquanto as samambaias são bem populares, as licófitas são menos conhecidas e pouco cultivadas em jardins. Mas tanto as samambaias quanto as licófitas se reproduzem por meio de esporos. Nas samambaias, os pontinhos, geralmente localizados debaixo das folhas, é que liberam os esporos, uma espécie de pozinho marrom.
Presentes no planeta há aproximadamente 400 milhões de anos, as samambaias surgiram entre os períodos geológicos Siluriano e Devoniano, durante a Era Paleozoica (saiba mais no quadro “Eras e Períodos Geológicos”). Desde seu surgimento, essas plantas apresentam diferentes formas de crescimento. No geral, as pessoas as cultivam em vasos, mas as samambaias também podem ter uma aparência mais robusta, similar à de uma árvore – são as samambaias arborescentes.
Durante o período Carbonífero, samambaias e licófitas gigantes dominavam o ambiente terrestre, tendo como principais representantes as espécies do gênero Psaronius, frequentes nas florestas pantanosas. As Psaronius eram samambaias arborescentes que podiam alcançar incríveis dez metros de altura, e suas folhas, até três metros de comprimento! Tinham o caule parecido com um tronco, coberto por várias raízes que auxiliavam sua sustentação, mantendo seu imponente porte dentro da floresta.
Apesar de grande, as Psaronius eram baixinhas na comparação com o Lepidodendron. Essa licófita podia alcançar de 25 a 40 metros de altura. Já os seus “troncos” (grandes e largos caules) podiam ter até um metro de diâmetro. À medida que a planta crescia, suas folhas caíam e deixavam cicatrizes em forma de losangos, parecendo uma pele de jacaré. Por esse motivo, elas são chamadas de “árvore de escamas”.
Marcelo Guerra Santos
Márcio Mendes Bento da Silva
Gabriela Fraga Porto
André E. Piacentini Pinheiro
Laboratório de Biodiversidade e
Laboratório de Paleontologia de São Gonçalo
Faculdade de Formação de Professores
Universidade do Estado do Rio de Janeiro