Você fala pelos cotovelos!

Já pensou em como nosso cérebro entende os ditados populares?

Ilustração Walter Vasconcelos

Tem gente que gosta de falar, não é mesmo? Fala muito! Você é dessas pessoas que matracam sem parar? A expressão ou ditado “fulano(a) fala pelos cotovelos” nasceu do fato de que algumas pessoas falam tanto, mas tanto, que parece que o corpo todo fala junto, incluindo os cotovelos! Mas como é que a gente produz todo esse falatório?

Parece fácil, mas falar é uma tarefa bastante complexa, que envolve quase todo o nosso cérebro! Isso porque, para falar, precisamos: entender (o que os outros falam), lembrar (das ideias e palavras certas), além de escolher e produzir (articular) os sons que traduzem o queremos falar. Uma criança com apenas dois anos de idade já compreende cerca de 300 palavras, enquanto um adulto pode conhecer até 80 mil palavras e ser capaz de falar cerca de 100 palavras num minuto! É claro que esses números podem variar muito entre as pessoas. Enquanto alguns são mais tímidos, falam pouco; outros… falam pelos cotovelos!


priscila
analia

Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão em Neurociências (NuPEDEN)
Universidade Federal Fluminense

Analía Arevalo
Faculdade de Medicina
Universidade de São Paulo

“Sou uma pesquisadora apaixonada pelo cérebro e aqui vamos conversar sobre a (neuro) ciência dos ditados populares”.

Analía Arevalo, convidada desta coluna, é neurocientista especialista em linguagem, parceira do NuPEDEN”.