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Há 150 anos, as casas eram iluminadas a vela ou com lamparinas a querosene. Imagine o perigo e a chateação! Havia hora para acender e apagar os lampiões da rua… Pensando bem, desde que o homem aprendeu a fazer fogo, passaram-se séculos até acendermos, num gesto simples, as modernas lâmpadas elétricas, tão comuns e familiares que nem sabemos mais como funcionam.

A eletricidade é hoje a principal fonte de energia usada para produzir luz artificial. A lâmpada incandescente foi inventada por Thomas Edison, em 1877. Ela funciona pela passagem de uma corrente elétrica por um fio fino em forma de espiral e de alta resistência elétrica, o que torna tudo incandescente. O fio está dentro de uma ampola de vidro que contém um gás inerte ou vácuo (se não fosse assim, a lâmpada pegaria fogo). O aquecimento do fio emite luz: quanto maior a temperatura do fio, maior a quantidade de luz emitida. Por isso, há lâmpadas ’fracas’ e ’fortes’.

À proporção que acendemos e apagamos a lâmpada, o fio metálico vai gastando: ele vai evaporando com o calor até que se rompe e não deixa mais passar a corrente elétrica – e a lâmpada deixa de produzir luz. Muitas lâmpadas incandescentes são usadas no dia-a-dia, cada uma com sua diferença técnica e sua função (luz para geladeira, farol de carro, estúdio de foto e assim por diante).

Já as lâmpadas fluorescentes são conhecidas como ’luz fria’, pois emitem menos calor para o ambiente que as incandescentes. Elas começaram a ser produzidas a partir de 1945. A lâmpada fluorescente é constituída por um tubo de vidro em forma de cilindro, de ’W’ ou de ’U’. O tubo é preenchido com um gás (argônio) e sua superfície interior é coberta com uma camada de pó fluorescente. Ela contém vapor de mercúrio e um filamento, só que aqui com uma função diferente da que tinha na lâmpada incandescente.

Ao passar pelo filamento, a corrente elétrica provoca uma descarga no gás do interior do tubo, levando os elétrons do gás a colidir com os átomos de mercúrio. Quando voltam a um estado de equilíbrio, esses átomos emitem uma energia na forma de radiação ultravioleta. A luz é produzida pelo encontro dessa radiação com a superfície do tubo de vidro recoberta com pó fluorescente. As lâmpadas fluorescentes, para funcionar, precisam de um equipamento chamado reator, que controla e limita a corrente elétrica que faz a lâmpada funcionar.

Lâmpadas fluorescentes conseguem emitir maior quantidade de luz que as incandescentes e consomem menos eletricidade (às vezes, até cinco vezes menos). Antigamente, as lâmpadas fluorescentes não conseguiam reproduzir com fidelidade as cores dos objetos, que tendiam a se tornar azulados. Hoje, porém, esse problema já foi superado. Assim, se você precisar de uma lâmpada para seu quarto, peça a seus pais para comprarem uma fluorescente. Eles vão chiar por causa do preço. Mas você pode dizer que, além de economizar energia, ela dura muito mais tempo.