A, B, C do mar

As águas vivas são gelatinosas e possuem tentáculos urticantes que, em contato com a pele humana, liberam substâncias tóxicas que provocam irritação e dor.

Sol e mar. Quem gosta de praia garante: não há combinação mais perfeita do que essa! Se você é fã de pegar onda, jacaré ou mesmo só de brincar na água, precisa saber se divertir com atenção. Por quê? Ora! Porque você pode estar dividindo espaço com animais interessantíssimos, mas que exigem cuidado.

Águas-vivas, caravelas, bagres, raias, moréias, ouriços-do-mar… Já reconheceu? Pois é, a rara beleza da maioria desses animais marinhos desperta a curiosidade de quem os observa. E aí cabe o aviso: eles são belos, mas podem ser perigosos, causando ferimentos e irritações na pele que precisam ser tratadas imediatamente. Para alertar as pessoas a respeito do convívio com esses animais, três pesquisadores ‐ um biólogo, uma oceanógrafa e um médico ‐ uniram seus conhecimentos e criaram a cartilha Animais marinhos: prevenção de acidentes e primeiros cuidados.

Caranguejos e siris possuem pinças ou garras que podem causar beliscadas fortes e cortes. Tome cuidado ao manuseá-los sem conhecer a técnica correta!

A publicação contém dicas para que seu dia no litoral seja perfeito! E o mais importante: ensina como devemos nos comportar diante dos anfitriões do lugar, a fauna marinha. Afinal, nós é que estamos invadindo a praia deles. Portanto, se ligue: alguns ambientes costeiros podem esconder armadilhas para quem anda desatento.

Diz a cartilha, que ao caminharmos em locais rochosos, por exemplo, devemos calçar algo firme e antiderrapante, como tênis ou sapatilhas. Isso porque as rochas são, geralmente, cobertas por cracas e ostras, organismos que possuem pontas que podem cortar os nossos pés. Se mesmo com todo o cuidado isso acontecer… A cartilha explica como cuidar dos eventuais ferimentos.

Os ouriços-do-mar possuem espinhos abundantes, rígidos e quebradiços que podem penetrar na vítima quando esses animais são pisados ou esbarrados, causando vermelhidão e dor.

Álvaro Migotto, é biólogo e professor do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo e um dos idealizadores da cartilha, que também traz informações sobre cada um desses animais, suas características e hábitos. Em seu trabalho, ele presencia muitos acidentes, resultado da falta de conhecimento das pessoas sobre estes animais, por isso sua dica número um é: “Nunca devemos tocar em nada que não conhecemos e que não temos certeza de que é inofensivo”.

Antes de mexer naquele animal que parece “uma gracinha”, tome cuidado, é necessário conhecê-lo para esse contato não acabar mal. O importante não se deixar levar pelo medo, mas ser bem informado. Então, acesse o guia e fique por dentro! Ele está disponível na internet em um arquivo de formato PDF de 611 KB. Caso não tenha ainda, você vai precisar baixar o programa Adobe Reader para abrir esse arquivo ( download gratuito).

As moréias parecem cobras e têm cara de bravas, mas são peixes pacíficos. No entanto, podem confundir nossos dedos com comida e mordê-los com seus dentes afiados e causar infecções.

A versão impressa da cartilha está esgotada, mas os pesquisadores responsáveis pretendem imprimir uma nova edição para as férias de julho e para o próximo verão. Por enquanto, você pode ajudar outras pessoas a conviverem melhor com os animais marinhos, avisando quem você conhece sobre a existência desse informativo na internet. Afinal, em vários lugares do Brasil, quase todo dia é dia de praia!