O cheirinho que em da cozinha atravessa os cômodos da casa, chega ao seu nariz e desperta o seu estômago. Da próxima vez que isso acontecer, junte-se ao mestre-cuca e tente desvendar o mistério do aroma.
Provavelmente, você vai descobrir que ele vem de uma planta, ou melhor, de parte de uma planta que está sendo usada em pedaços ou em pó como tempero. Pode ser pimenta-do-reino, ouro, manjericão… No caso de doces, cravo ou canela, por exemplo. Seja o que for, pode apostar que o cheiro vai longe e que a planta veio de longe também!
Essas ervas aromáticas, chamadas especiarias, hoje são facilmente encontradas em supermercados e feiras livres. Mas, tempos atrás, a história era bem diferente. No final de Idade Média, elas só eram compradas das mãos de comerciantes que as traziam de cidades da África e da Ásia para revender a preços altos na Europa.
Mais tarde, com a chegada dos navegantes europeus ao continente americano, outros temperos foram descobertos, como a noz-moscada-do-brasil e até o pimentão, que é nativo da América do Sul.
Vindas de terras distantes, as especiarias pareciam envoltas numa nuvem de magia e mistério, pois muitas, além de servirem como condimentos, tinham o poder de tratar a saúde. Os comerciantes, claro, se aproveitavam do fascínio do povo e cobravam cada vez mais por esses produtos.
Portugal foi um dos países que aumentaram muito suas riquezas com o comércio das especiarias trazidas, principalmente, da Índia. O navegador português Vasco da Gama foi o primeiro que chegou a Calicute, na Índia, estabelecento uma nova rota marítima entre seu país e o Oriente para o transporte desse “tesouro vegetal”.
O tempo passou, e as especiarias deixaram de ser exclusividade da mesa dos mais ricos. Novas terras foram descobertas, como o Brasil, e nelas passaram a ser cultivados muitos desses produtos. Pronto: as especiarias estavam ao alcance do povo! O mais simples dos pratos podia ter mais sabor!
Para saber mais sobre alguns dos temperos que fazem mais sucesso, veja a galeria abaixo:
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(Esta é uma reedição do texto publicado na CHC 134.)