O Dia das Bruxas ou o Halloween não é criação dos Estados Unidos. A festa é muito mais antiga, tendo sua origem na Irlanda celta, onde, por volta do século 5 antes da nossa era, o ano terminava em 31 de outubro.
O feriado de Ano Novo era chamado Samhain. Acreditava-se que, nesse dia, os mortos voltavam à Terra. Querendo expulsá-los, os camponeses apagavam o fogo em suas casas, tornando-as pouco acolhedoras, vestiam-se como seres maléficos e faziam ruídos terríveis.
Os romanos que ocuparam o território celta no século 1 da nossa era integraram o Samhain às celebrações em honra de Pomona, a deusa dos pomares e colheitas. Mais tarde, quando o mundo romano se tornou cristão, os festejos se ligaram ao Dia de Todos os Santos, em inglês, All Hollows Day, cuja véspera – All Hollows Eve, de onde vem o termo Halloween – era o dia em que os mortos e as bruxas ficavam à solta.
Doces ou travessuras?
O hábito de pedir doces de casa em casa, que vemos nos filmes americanos, vem de uma tradição do século 9, quando os jovens percorriam a cidade pedindo dinheiro, tortas e bolos. Em troca, prometiam rezar pelas almas dos mortos. O costume de se vingar dos que se negassem a contribuir – as travessuras – provavelmente surgiu na mesma época.
No Brasil, nunca tivemos a tradição do Halloween, mas, há alguns anos, escolas e cursos de inglês começaram a comemorar a data, principalmente com festas à fantasia. Muita gente torce o nariz, dizendo que isso é coisa de americano, mas a festa vem de muito mais longe. Da mesma cultura, aliás, que começou, há tantos séculos, a comemorar o Natal em dezembro, junto com a festa celta do solstício de inverno.