Faraós, pirâmides, deserto, hieróglifos… O Egito Antigo é fascinante! Mas, de tudo relacionado a ele, o que é eu mais gosto são as histórias. Recentemente, Claudia Beltrão, historiadora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, me contou uma muito interessante, sobre a pena de Maat. Quer conhecê-la também?
No Egito Antigo, Maat era uma deusa, que representava o conceito de verdade e justiça. Quando uma pessoa morria, havia um julgamento individual: o morto comparecia – quando todos os ritos haviam sido cumpridos adequadamente, pois nem todos tinham essa oportunidade – perante Thot, um deus que tinha a função de mensageiro. Diante de Thot e do morto, era posta uma balança. Em um dos pratos da balança, era colocado o coração do morto. No outro, a pena de Maat. “Se o coração pesasse mais do que a pena, o morto era considerado indigno. Então, a possibilidade de viver a vida além-túmulo era interditada a ele”, conta Claudia. Já se o coração fosse puro, a pena de Maat pesaria mais do que o coração, e o morto, em sua parte imaterial, viveria para sempre. “A pena de Maat era algo que os vivos não viam, mas acreditavam nela, a ponto de um antigo ditado egípcio dizer: viva de tal modo que o seu coração pese menos do que a pena de Maat”, conta Claudia. Para você ver que, para os egípcios, um coração leve era sinônimo de um coração puro!