É verão, está fazendo aquele calorão e você está se refrescando em um delicioso banho de mar quando… AAAAAAI!!! Você começa a sentir uma forte ardência na pele. Talvez tenha sido uma água-viva que tocou em você – ou lhe “queimou”, como se diz por aí.
No verão, aumentam os acidentes envolvendo cnidários, grupo que inclui animais como águas-vivas, caravelas, anêmonas e corais. O motivo principal é óbvio: há mais pessoas tomando banho de mar nessa época do ano.
Outra razão é a dificuldade em visualizar as águas-vivas, que são transparentes e tornam os acidentes difíceis de evitar. Porém, se vários episódios começarem a acontecer no mesmo lugar, é aconselhável evitar o banho de mar na região e procurar outras praias!
Agora, fique você sabendo que, apesar de causarem dor, as águas-vivas não queimam. “O bicho é frio e molhado, como pode queimar?”, brinca o dermatologista Vidal Haddad Junior, da Universidade Estadual Paulista e do Instituto Butantan. “Os cnidários apresentam veneno em pequenas células que servem principalmente para capturar suas presas e, indiretamente, para se defender”. São elas que atuam como canivetes de mola, injetando pequenas doses de veneno na pele da pessoa atingida.
O certo, então, é falar que sofremos um envenenamento quando encostamos nesses animais. Se acontecer com você, nada de desespero! A receita para aliviar a dor é simples: aplique bastante água do mar geladinha na área afetada. Isso vai aliviar bastante a dor. “Não se deve usar água doce”, alerta Vidal. “Outra medida legal é aplicar vinagre no local afetado: ele impede que as células que ainda não dispararam o veneno o façam”. Se os sintomas persistirem, é preciso procurar um médico.
Para saber mais sobre águas-vivas e o que fazer em caso de envenenamentos, leia a cartilha produzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.