A mitologia indígena brasileira é repleta de figuras ligadas à força da natureza. Tupã seria o deus do trovão, criador do céu, da terra e das águas. Jaci seria a deusa Lua, mãe dos vegetais. Guaraci, o deus Sol, seria o guardião do dia. E a samaúma, conhece? Ela é a árvore sagrada da Amazônia para os povos indígenas da região. Mas por quê?
Foto Renilson Silva/Wikimedia Commons
A samaúma é uma das maiores árvores do Brasil, com cerca de 60 metros de altura e troncos com dois metros de diâmetro. Os cientistas a batizaram de Ceiba pentandra, mas, popularmente, também é chamada de samaumeira, árvore da vida ou escada do céu. Para os indígenas da região amazônica, ela é a “mãe-das-árvores”.
Segundo a mitologia indígena, assim como as mães costumam sempre olhar por suas crias, a samaúma, por sua grandiosidade, “enxerga” toda a floresta por cima. Ainda por essa tradição, na base da árvore existe um portal invisível aos olhos humanos que liga o nosso universo ao universo dos seres divinos, que protegem a floresta e os animais, como um “espírito materno”.
Aníbal da Silva Cantalice
Universidade Federal do Piauí
Marcela Eringe Mafort
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
Jean Carlos Miranda
Universidade Federal Fluminense