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Que Cinderela, aquela do sapatinho de cristal, tinha uma madrasta muito má, você já está careca de saber. Ela foi impedida de ir ao baile, o único evento legal da época, lembra? Pois nossa história vai começar do momento em que a linda moça se arruma para o baile. Sua madrasta e as duas irmãs malvadas rasgaram seu vestido, humilharam Cinderela até ela desistir.
Pois bem! Cinderela ficou arrasada e foi chorar no borralho. Borralho era um lugar perto do fogo, que era à lenha, e sujava tudo em volta, inclusive a cara das pessoas. Como a moça tinha que cozinhar sempre para todos da casa, ela ficava com o rosto todo sujo de cinzas e ganhou o apelido maldoso de “gata borralheira” de suas irmãs megeras.
Voltando ao choro, Cinderela chorava no borralho, junto com seus inúmeros bichinhos de estimação: ratos, baratas, gatos, pombos e outros animais que adoravam a moça. Ela falava com eles, por mais incrível que isso possa parecer. Mas, como estamos em um conto de fadas, dá para soltar a imaginação e aceitar baratas e ratos falantes.
Bem… Parece que, de repente, uma luz ofuscou os olhos de Cinderela e diante dela apareceu um homem alto, elegante, com um turbante, várias joias e uma roupa linda – estava muito bem-vestido mesmo.
Ele disse que era seu padrinho astral e que veio diretamente das estrelas para satisfazer seus desejos. É claro que o desejo de Cinderela naquele momento era ir ao baile. Prontamente, o padrinho astral olhou a menina, aquele vestido velho, sua cara toda borrada no borralho e pensou: “Nossa, isso vai me dar um trabalho! Mas, vamos lá…”
Com seu lenço de cetim vermelho encantado, que ele sacudia para cima e para baixo, disse:
– Cinderela, concentre-se no seu desejo.
A menina fechou os olhos e pensou em tudo que precisaria para ir ao baile. Seu padrinho astral, sacudiu o lenço vermelho e disse as palavras mágicas: “Abadá-Abalô-Abatá”. Logo, o fogão à lenha virou uma carruagem de ouro, os ratinhos se transformaram em lindos cavalos brancos e os pombos, em cocheiros para conduzir a carruagem.
Cinderela abriu os olhos e não acreditou… Agradeceu muito, enquanto seu queixo quase caía no chão. O padrinho astral, todo convencido, disse que aquilo não era nada e alertou:
– Agora, vamos ao mais importante: sua roupa de baile. Como você a imaginou?
Os olhos de Cinderela brilharam e ela começou a falar sem parar na sua roupa dos sonhos. O padrinho estava sem paciência, mas ouviu mesmo assim. Depois que a moça parou de tagarelar, ele disse:
– Afff… Então, tá! Vamos lá, concentre-se!
E falou as palavras mágicas “Abadá-Abalô-Abatá”, sacudiu seu lenço vermelho e, num piscar de olhos, Cinderela estava arrumada, muito bem-vestida e… com um sapatinho especial. O resto da história você já sabe, ela foi ao baile, conheceu um príncipe e, dizem, que viveram felizes para sempre.
Você imagina outro final para a história de Cinderela? Mande sua ideia para a redação da CHC!
*Cinderela é um do conto de fadas muito conhecido na versão do francês Charles Perrault, no século 15. De lá para cá, ganhou muitas versões para os livros, filmes e desenhos. Esta versão foi livremente adaptada pela CHC.
Matéria publicada em 25.12.2021
Ana Vitória
Ele disse as palavras magica e Cinderela disse para ele que se casar e eles ficarão felizes para sempre