O mito de Iemanjá*

O mito de Iemanjá*

Ilustração Cris Eich

Iemanjá, também conhecida como Janaína ou Inaê, é filha de Olokun, deusa dos mares. Mãe cuidadosa, Olokun deu a Iemanjá um pote com uma poção para ser usada em caso de grande perigo. Diante de uma situação assim, Iemanjá deveria quebrar o pote, e uma solução para o problema surgiria num passe de mágica.

O tempo passou, Iemanjá cresceu e se casou com Oduduá, considerado criador do universo. Juntos, tiveram dez filhos. Cada um se tornou um orixá, representando um elemento ou fenômeno da natureza: o fogo, a mata, as tempestades… Mas Iemanjá e Oduduá não viveram felizes para sempre. Cansada do casamento, Iemanjá deixou a cidade de Ifé, no sudoeste da Nigéria, e foi sem rumo para o oeste.

Chegando à cidade de Abeokutá, Iemanjá conheceu Okerê, que se apaixonou por ela e lhe propôs casamento. Iemanjá aceitou, mas impôs uma condição: Okerê jamais poderia fazer comentários sobre seus seios, que ficaram muito grandes após amamentar seus dez filhos. Okerê aceitou a condição, mas, certo dia, bebeu vinho demais e fez piada com os grandes seios de sua mulher. Iemanjá, ofendida e muito triste, decidiu ir embora.

Okerê foi atrás de Iemanjá, que correu o mais que pôde para não ser alcançada por ele. Na fuga, porém, Iemanjá tropeçou e o pote, com a poção protetora que recebera de sua mãe, se quebrou. Num passe de mágica, nasceu um rio, que foi levando Iemanjá em direção ao oceano. Querendo impedir o caminho de sua mulher, Okerê se transformou em uma montanha. Iemanjá, sem poder seguir em frente, chamou por seu filho Xangô, que lançou um raio, partindo a montanha ao meio.

Iemanjá chegou a mar, onde permaneceu como rainha.

 

*A cultura africana tem algumas narrativas diferentes para a origem do mito de Iemanjá. A que contamos aqui tem origem entre os ioruba. É uma livre adaptação da Ciência Hoje das Crianças inspirada nas pesquisas do fotógrafo e etnólogo francês Pierre Verger, que nasceu em Paris (França), em 1902, e morreu na Bahia (Brasil), em 1996.

Matéria publicada em 17.09.2019

Comentário (1)

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