Atenção, atenção! Bico-de-lacre e caturrita invadiram o estado do Rio de Janeiro e estão criando a maior confusão. Eles comem a comida dos animais locais, ocupam seu habitat e podem levar até à extinção de espécies! E agora?
Calma, calma. Se você ficou alarmado com a notícia acima, saiba que bico-de-lacre e caturrita nada mais são do que pequenos pássaros originários de outras partes do país, que foram levados ao Rio de Janeiro pelo homem, como animais de estimação – isso aconteceu também com outros bichos, como o pardal, a lagartixa-de-parede e até o famoso sapo-cururu. Porém, com o tempo, alguns desses animais escaparam ou foram liberados no ambiente. Então começou o problema…
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Por não serem típicos da região, os invasores causam certa bagunça nos ecossistemas. Por exemplo, podem trazer aos animais locais algumas doenças que não existiam ali antes, ou tornar-se predadores de algumas espécies. Outra ameaça, mais séria, é que os invasores podem se misturar a bichos locais e gerar filhotes híbridos – ou seja, que unem características de dois animais diferentes.
Isso está acontecendo com o sagui-da-serra-escuro, por exemplo, que vive na região da Serra do Mar. “A população desse primata está se misturando com o sagui-de-tufo-branco, típico da região Nordeste, e com o sagui-de-tufo-preto, do Centro-oeste”, explica Sávio Freire Bruno, médico veterinário e biólogo da Universidade Federal Fluminense. Desse jeito, as características do sagui-da-serra-escuro podem se perder e o bicho pode deixar de existir.
Os invasores são a segunda maior causa de extinção de espécies no planeta – só perdem para a destruição do habitat natural de bichos e plantas. Por isso, é muito importante tomar cuidado para não levar espécies de uma região a outra. “Uma medida simples que você pode tomar é evitar possuir espécies silvestres como animais de estimação”, alerta Sávio.