Colorindo o espaço

As imagens de planetas, galáxias e nebulosas costumam ser lindas, uma verdadeira explosão de cores vivas, não é? Mas – acredite se quiser! – as fotografias tiradas pelos telescópios óticos não têm cor. São, na verdade, em tons de cinza.

Acredite se quiser, as coloridas fotos astronômicas são formadas pela junção de mais de uma foto que registra a luz de diferentes cores (Fotos: ESO)

Você deve estar se perguntando de onde vêm, então, as cores das imagens de espaço estampadas em livros e jornais. Não desanime com a resposta, mas as cores são colocadas depois, em programas de computador para edição de imagens.

Isso não significa que os astrônomos escolhem suas cores favoritas para pintar as fotos do espaço. O processo de colorir tenta aproximar as imagens do que veríamos com nossos olhos caso pudéssemos viajar até as regiões mais distantes do universo.

“As imagens coloridas do espaço não são como as fotos que tiramos em casa, mas são muito próximas da realidade, pois todo o processo é científico”, diz o astrônomo Marcos Diaz, da Universidade de São Paulo (USP).

Os telescópios não são como as câmeras fotográficas normais, que captam muitas cores em uma só foto. Eles só conseguem captar, por meio de filtros, a intensidade de um tipo de luz – é como se você tivesse uma máquina fotográfica que captasse apenas a luz vermelha, por exemplo, ou a azul, deixando as outras de lado.

Para criar uma imagem que se pareça com a realidade, os astrônomos precisam tirar várias fotos de um mesmo objeto com o telescópio. Cada foto registra, em cinza, a intensidade da luz de uma cor. Depois disso, eles juntam todas as fotos em um programa de computador e atribuem uma cor para cada uma delas. Quando colocadas uma por cima da outra, elas formam a bela imagem colorida que estamos acostumados a ver por aí!

Confira, abaixo, o vídeo que mostra como foi criada a imagem de uma galáxia a partir de fotos tiradas pelo telescópio Hubble: