Craques feitos de plástico e metal

Veja como são os robôs que jogam futebol criados na FEI.

Times de futebol no Brasil existem aos montes. Pudera! Esse é um dos esportes mais apreciados do país. Em qualquer região, pode acreditar, sempre há uma bola rolando, nas ruas, nos campinhos, nos estádios… Atrás dela, crianças, jovens, adultos, robôs… Robôs?! É isso aí! Acredite se puder, mas eles já entraram em campo!

Uma equipe de robôs feita só para jogar futebol foi criada, por exemplo, por pesquisadores e alunos da Fundação Educacional Inaciana (FEI), em São Paulo. Eles montaram seis robôs e os comandam com inteligência artificial – um programa de computador semelhante aos aplicados nos videogames , em que, na falta de um jogador, a máquina é que joga com você.

Com cerca de sete centímetros de altura e largura, os robôs têm o formato de cubo. Para competir, eles são distribuídos em um tablado com aproximadamente um metro e meio de comprimento por um metro e trinta centímetros de largura e têm à disposição uma bola de jogar golfe, de cor laranja.

A partida começa com três robôs de cada lado: dois agem como jogadores e um é o goleiro. A dois metros de altura, coloca-se uma câmera de vídeo. Dali, ela tem uma visão ampla do “campo” e registra os movimentos dos robôs, pois cada cubo tem uma cor diferente no lado que fica virado para cima, o que serve para identificá-lo como um jogador distinto.

As imagens capturadas pela câmera são transmitidas para um computador que fica em uma central onde está instalado o programa de inteligência artificial, que é acionado. Assim, durante o jogo, ninguém precisa comandar os robôs: eles agem de maneira independente, graças ao programa de inteligência artificial, que analisa as imagens captadas pela câmera para definir as jogadas que cada cubo pode fazer.

“O objetivo da criação dos robôs é incentivar os alunos que estão estudando Engenharia Elétrica, Mecânica e Ciências da Computação a desenvolver na prática o que aprendem em sala de aula”, conta Flávio Tonidandel, professor da FEI e coordenador do projeto que colocou essas máquinas para jogar futebol.

No Brasil, já existem outras instituições, além da FEI, que desenvolvem robôs jogadores de futebol, como a Universidade de Bauru e o Instituto Mauá de Tecnologia, em São Paulo, e a Universidade do Rio Grande do Norte. Neste ano, ocorreu até um campeonato de futebol de robôs regional, na Universidade Estadual de Campinas, que reuniu as equipes do estado de São Paulo. A competição aconteceu durante um evento do curso de Mecatrônica – disciplina que abrange a Engenharia Mecânica e a Eletrônica -, a Automática 2005.

Além desse campeonato, um torneio sul-americano vem aí. Em setembro, alguns países, como a Argentina e o Chile, que também desenvolvem esse tipo de tecnologia, virão ao Brasil para competir. O evento acontece na Universidade Federal do Maranhão e, para saber mais detalhes, você pode acessar o site http://www.larc.dee.ufma.br/ . Todos já estão convidados a torcer e ver a bola rolando e os robôs em campo!