Aposto que você já consultou um mapa. Afinal, quem nunca precisou conferir o endereço da casa de um amigo, ou a localização exata de um teatro, cinema ou museu? Os mapas estão presentes em nosso dia a dia e são muito, muito úteis.
Geralmente, utilizamos mapas do nosso bairro, ou de uma cidade que vamos visitar. Agora, imagine consultar uma imagem que represente todo o Brasil, e cheia de detalhes. Incrível, não é? O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar o mapeamento mais preciso já feito em nosso território. Os novos mapas permitem visualizar não só as cadeias de montanhas e grandes formações geográficas, mas também os municípios, praias, lagos e detalhes do relevo do país.
Quer saber como isso foi possível? A CHC Online explica!
Modo de fazer
Fazer um bom mapa é um processo bem complicado, mas muito divertido. Para começar, precisamos de uma imagem aérea do local que queremos representar. Há duas maneiras de fazer isso: com imagens de satélite (feitas lá do espaço) ou fotografias aéreas (feitas por aviões).
Curiosidade: Na Amazônia, algumas comunidades usam pipas equipadas com câmeras de telefone celular para mapear territórios!
Em seguida, é hora de conferir se as fotografias são mesmo fiéis à realidade. Sempre que representarmos uma superfície esférica (como a Terra) em uma superfície plana (como um mapa), surgem imprecisões. Isso acontece porque, dependendo do ângulo com que captamos a imagem, algumas distâncias podem parecer maiores ou menores do que realmente são.
Aí entra o trabalho de geógrafos, cartógrafos e engenheiros. Eles percorrem diversos locais representados no mapa e, com o auxílio de um GPS – equipamento capaz de fornecer as coordenadas geográficas do local onde estão –, anotam informações que mais tarde são inseridas no computador.
Um programa especial combina os dados anotados pelos especialistas em campo com a imagem original fornecida pelo satélite ou pelo avião. O resultado é um mapa bem mais preciso, praticamente pronto para ser utilizado por todos nós.
Uma questão de escala
Quando se fala em mapa, uma palavra tem que vir sempre à nossa cabeça: escala. Todo mapa tem uma escala, que é, na verdade, o nível de ampliação do terreno representado. Aumentar a escala de um mapa é como “aumentar o zoom” imaginário sobre a área que estamos analisando.
Uma escala pequena (1:1.000.000, por exemplo) nos permite avistar vários países em um mesmo mapa. Já uma escala grande (1:10.000, por exemplo), nos permite ver detalhes como ruas, bairros, rios e diversos outros aspectos da superfície. Quanto menor o número da escala, maior será a precisão do mapa.
Os novos mapas do Brasil elaborados pelo IBGE estão em uma escala de 1:250.000 (lê-se “um para 250 mil”) – ela é quatro vezes mais precisa do que a escala usada anteriormente. Parece incrível? Pois saiba que vem mais por aí. O instituto pretende ainda mapear o Brasil em escalas muito mais detalhadas. Será uma bela e desafiadora jornada!