Figura certa no prato da maioria dos brasileiros, o feijão viajou de mala e cuia para a Noruega. Calma! Você não vai ficar sem um dos principais alimentos do seu almoço. Foram apenas alguns grãos dos tipos de feijão mais consumidos no Brasil que seguiram viagem até o Banco Global de Sementes Svalbard, que fica no país europeu.
Agora… Por que um banco precisa de grãos de feijão? Bom, esse banco não guarda dinheiro, como os tradicionais. Um banco de sementes reúne inúmeros tipos de grãos de todo o mundo. Lá, eles são bem guardados, reservados em embalagens que ficam a uma temperatura de 20 graus negativos para impedir que estraguem.
O Banco Global de Sementes Svalbard tem capacidade para armazenar cerca de 4,5 milhões de amostras de sementes e é considerado o mais seguro do mundo – sementes guardadas lá podem resistir por mais de mil anos. O local é protegido contra terremotos, enchentes e explosões nucleares.
Tanta preocupação com as sementes tem um motivo. Se, por alguma razão, uma semente importante para o homem (como o feijão) desaparecer, é só ir no banco e resgatá-la, intacta e pronta para germinar.
Por que o feijão?
Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Hideo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o feijão foi escolhido pela sua importância no país. “É um alimento muito popular, todo mundo come”, explica. “Além disso, é barato, de fácil acesso, e oferece a quem o consome nutrientes e proteínas essenciais. Junto com o arroz é um alimento completo!”
Se você só gosta de um tipo específico de feijão, não se preocupe. Segundo o pesquisador, vários tipos do grão foram enviados para agradar a todos os gostos. “Enviamos feijão preto, manteiga, carioca e muitos outros”, conta. E o parceiro principal do feijão, o arroz, também está a salvo, bem como o milho.
E você, que outras sementes acha que precisam ser protegidas?