Lápis apontados, folhas brancas, canetas coloridas – no começo do ano, o material escolar novinho enche a gente de ânimo na hora de estudar. Mas existe um objeto de que muita gente precisa para mandar bem na escola: os óculos. Sem eles, o texto escrito com tanto capricho não passa de um borrão, e as contas do livro de matemática se embaralham até para quem é fera no assunto.
Para entender por que isso acontece, é preciso saber como a visão funciona. Quando você está em um ambiente iluminado, a luz bate em tudo à sua volta e retorna para seus olhos, até alcançar uma membrana chamada retina. Ela fica no fundo do olho, e funciona como a tela do cinema: as imagens são projetadas ali a partir da luz refletida pelo ambiente. Depois, essa informação segue para o cérebro, que irá perceber a cor e a forma da imagem que foi projetada.
É durante a formação da imagem na retina que os problemas surgem. Quem tem olhos pequenos, por exemplo, pode ter hipermetropia. Nesse distúrbio, a imagem é formada atrás da retina e tudo que é visto de perto parece distorcido.
Outro problema comum é a miopia, que faz com que a imagem seja formada na frente da retina. Aí, tudo que está distante fica borrado. Para completar a confusão, existe o astigmatismo, que forma duas imagens: uma na frente e outra atrás da retina, sendo difícil enxergar tanto de longe quanto de perto.
Dificuldades na hora de enxergar fazem com que uma simples espiada pareça uma maratona. “Quem não enxerga bem pode se cansar se estiver sentado longe do quadro enquanto copia a matéria”, conta Luiz Cláudio, oftalmologista do Hospital Universitário Antônio Pedro.
Esse esforço gera sintomas como dores de cabeça, olhos vermelhos e lágrimas em excesso. Por isso, é importante visitar regularmente o oftalmologista, médico especializado em olhos.
Se, por acaso, na próxima consulta, você descobrir que precisa usar óculos, nada de ficar chateado. Aproveite a diversidade de armações leves e coloridas que já existe por aí. Uma delas deve ser a sua cara!