Se você tem um bichinho de estimação, sabe o quanto é importante levá-lo ao veterinário para checar se está tudo bem com a sua saúde. Pois saiba que os animais que vivem na floresta também precisam de cuidado quando algo está errado: atendê-los é o trabalho do veterinário Carlos Roberto Teixeira, do Hospital Veterinário de Animais Silvestres da Universidade do Estado de São Paulo. Ele contou à CHC como é o dia a dia com seus pacientes!
Em 2012, cerca de 2,5 mil bichos como tamanduás-bandeira, cachorros-do-mato, lobos-guarás, macacos e aves foram atendidos pela sua equipe. O número de atendimentos cresce nos períodos de acasalamento. “Durante a reprodução, os animais se locomovem muito pelas estradas, indo de um lugar ao outro. Isso aumenta o número de atropelamentos”, conta Carlos.
Quando isso acontece, cresce também o número de filhotes que precisam de cuidados – alguns ficam órfãos e, sem a proteção oferecida pelo hospital, provavelmente não sobreviveriam.
O atendimento a animais silvestres requer atenção especial: cada bicho recebe atendimento personalizado de acordo com a necessidade e a espécie a que pertence. Até os aparelhos usados para os exames, como as máquinas de tomografia, são totalmente adaptados aos pacientes, de acordo com seu peso e tamanho.
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Também é delicada a hora de retornar os bichos já saudáveis à natureza. Durante o tratamento, existe uma preocupação para que os animais não fiquem humanizados, ou seja, para que não se acostumem aos cuidados e se tornem dependentes da presença humana.
É que, habituados a receber comida da mão de seus tratadores, os bichos podem morrer de fome na floresta, por não saberem mais caçar. Ou então, famintos, podem ir atrás de comida perto das cidades, aumentando a chance de serem atropelados e até mesmo de serem capturados, pois ficam mais dóceis e vulneráveis.
Animais muito acostumados à presença humana são encaminhados, então, para reservas ecológicas, onde poderão viver como na floresta, ou para jardins zoológicos, onde ficam sob a supervisão de profissionais qualificados. O importante é, claro, garantir que os pacientes viverão uma vida longa e saudável!