Missão: resgate!

Incêndio, muita fumaça, escombros e uma vítima em perigo. Quem poderá salvá-la? Um bombeiro seria a resposta mais óbvia, mas um robô também é uma opção.  Cada vez mais, cientistas investem em máquinas para fazer trabalhos como esse, que envolve perigo de vida. Mas não são só os cientistas que criam esses robôs. Crianças de todo o país apresentaram robôs de resgate criados por elas mesmas para a Olimpíada Brasileira de Robótica.

Crianças e jovens desenvolveram robôs que poderiam participar de uma missão de resgate (Foto: Sofia Moutinho)

A competição está na primeira etapa, quando crianças e jovens de 9 a 18 anos participam de provas práticas estaduais. A cada ano, as equipes têm um desafio diferente. Em 2011, por exemplo, a prova era uma luta de sumô de robôs. Este ano, os competidores tiveram quatro meses para montar e programar suas máquinas para simular um resgate.

Como é apenas de mentirinha, não tem fogo de verdade e a vítima é uma lata de refrigerante. A tarefa dos robôs é seguir um trajeto sorteado na hora da competição, desviar de obstáculos no caminho e encontrar a lata. Ganha a equipe do robô que fizer o percurso mais rapidamente e com menos erros.

Pode parecer simples, mas a brincadeira envolve muito trabalho e horas de raciocínio. Para que os robôs montados pelos estudantes funcionem, eles precisam ser programados no computador, ou seja, receber instruções corretas sobre o que devem fazer em determinada situação.

Os amigos Rafael Vidigal e Martín Parré, do 7º ano da Escola Parque, conquistaram o primeiro lugar na categoria ensino fundamental no Rio de Janeiro com o robô Wall-e, feito com o kit de robótica da Lego. Eles contam que cada equipe cria diferentes estratégias. “Nós resolvemos que, para procurar a vítima, nosso robô anda por 53 centímetros. Se os sensores de ultrassom que colocamos nele não detectam a lata nesse caminho, ele roda e reinicia a procura em outro canto. Nossa programação é assim, mas outras equipes fizeram de outro jeito”, explica Rafael.

Nesta olimpíada diferente, não ganha quem é mais forte. O que vale mesmo é a criatividade e o pensamento lógico! Confira, no vídeo abaixo, um pouco mais sobre a Olimpíada Brasileira de Robótica, que terá sua etapa final disputada em outubro, em Fortaleza, Ceará.