Não precisa se preocupar: as comemorações do dia das crianças estão garantidas para outubro, e os meses do ano continuam seguindo a mesma ordem. Esse calendário continua igual. O que mudou foi o calendário de vacinação que todas as crianças brasileiras devem seguir!
Desenvolvido pelo Ministério da Saúde, ele é um instrumento importante para a saúde da população. Para garantir a imunização contra doenças como sarampo, poliomielite e tantas outras, é preciso seguir o calendário tintim por tintim. “Só com o esquema completo é que a criança estará imunizada. É preciso receber todas as doses das vacinas”, explica a epidemiologista Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações.
Como funciona uma vacina?
Antigamente, lá na época dos cavaleiros e castelos, quando alguém pegava uma doença contagiosa, ela podia se espalhar e matar milhões de pessoas no mundo em poucos dias! Quando o médico Edward Jenner inventou a vacina em 1796, essas tragédias diminuíram e algumas doenças foram controladas ou desapareceram completamente – é o caso da varíola.
As vacinas que tomamos são soluções com vírus fracos ou mortos. Assim que eles entram no nosso corpo, o sistema imunológico trata de criar anticorpos para combatê-los e guarda as informações para fazer isso numa espécie de “memória imunológica”. Então, na próxima vez que entrarmos em contato com o mesmo vírus, nosso corpo já estará pronto para controlá-lo.
Assim como cada doença é causada por um vírus (ou outro agente infeccioso) diferente, cada doença deve ser combatida com um anticorpo específico. Por isso, é preciso tomar a vacina contra cada doença – ou aquelas que combinam diferentes doenças (saiba mais sobre vacinas na CHC 17).
Que vacinas eu preciso tomar?
O calendário de vacinação inclui as vacinas que devem ser tomadas por todas as crianças de até dez anos. Depois dessa idade, há algumas vacinas que devem ser tomadas novamente no final de determinado período – a vacina contra febre amarela, por exemplo, deve ser tomada a cada dez anos pelas pessoas que vivem em localidades onde a doença está presente.
A maior parte das vacinas nós tomamos quando bebês, como a vacina contra o rotavírus, doença que causa vômitos e diarreia. A maioria delas é feita em mais de uma dose – por exemplo, são necessárias quatro doses da vacina pneumocócica 10, que protege contra dez tipos diferentes de pneumonia.
Para reduzir o número de espetadas, o calendário de vacinação passou a combinar várias vacinas numa só. É o caso da nova pentavalente. “De uma vez, ela protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite, pneumonia e hepatite B”, conta Carla.
Confira como era e como ficou o calendário de vacinação.
Outra mudança importante no calendário é a introdução da vacina inativada injetável contra poliomelite, que vai aos poucos substituir a campanha das gotinhas – vacina feita com o vírus fraco, mas não morto. Agora, atenção: o Zé Gotinha ainda não se aposentou. Ele está trabalhando a todo vapor, e as crianças nascidas até 2012 vão continuar recebendo as gotinhas, além de tomar a vacina injetável.