Navegadores e aventureiros

Vasco da Gama


É um herói em Portugal. Nasceu em Sines e pertencia a uma família importante da nobreza portuguesa. Isso contribuiu para que fosse escolhido para comandar a expedição de descobrimento do caminho marítimo para a Índia (1498) . Recebeu o título de Dom ao voltar em 1499 e foi nomeado almirante-do-mar da Índia. Suas realizações garantiram a Portugal fama e riqueza por mais ou menos um século. Vasco da Gama morreu em 1524.

Bartolomeu Dias
Foi o primeiro capitão a conseguir contornar o Cabo da Boa Esperança, durante a expedição de 1487-88. Morreu justamente ao tentar contornar novamente este Cabo, em 1500, comandando uma das naus da frota de Cabral.

Pedro Álvares Cabral


Nunca havia participado de uma grande expedição marítima antes de ‘descobrir’ o Brasil. Ele era de uma família nobre e sua única experiência prévia foi a de servir o reino português no norte da África. Recebeu um soldo milionário pela viagem de 1500, mas depois afastou-se da vida política em Portugal e foi cuidar de suas terras. Nunca mais aventurou-se como capitão no mar.

Diogo Dias
Participou da expedição do irmão, Bartolomeu Dias, em 1487-88 e foi escrivão na viagem de Vasco da Gama às Índias. Chegou a ser preso em Calicute, mas conseguiu escapar. Ao comandar uma nau na viagem de Cabral, sua embarcação perdeu-se das outras no Cabo da Boa Esperança. Depois de muito penar, retornou a Lisboa com apenas seis tripulantes.

Nicolau Coelho
Participou da viagem de Vasco da Gama às Índias comandando uma nau. Na viagem de Cabral, foi um dos poucos capitães que conseguiram acompanhar a frota da partida, em março de 1500, até a volta a Lisboa, em julho de 1501. Além disso, Coelho foi o homem que fez o primeiro contato visual com os índios, no dia 23 de abril, quando aproximava-se da terra em um pequeno barco (batel).

Fora capitães, pilotos, marinheiros e grumetes, havia entre a tripulação pessoas com funções especiais. Pero Vaz de Caminha, por exemplo, viajava na nau capitânea com a função de escrever tudo o que acontecesse durante a jornada. Para esboçar novos mapas e ajudar os pilotos na navegação, havia um cosmógrafo (equivalente ao astrônomo hoje) de nome João Faras. Talvez o mais curioso dos tripulantes fosse um judeu polonês que fora achado por Vasco da Gama morando no Oriente! Ele fora levado a Lisboa pelo navegador português, batizado como cristão com o nome de Gaspar da Gama e convidado a integrar a armada de Cabral como intérprete (afinal, esperava-se aportar na Índia e para negociar as especiarias com Aires Coorrâ, o feitor de Calicute, seria preciso alguém que falasse a língua de lá). Não podemos nos esquecer de que havia também padres e muitos soldados.

Para saber mais:
Ciência Hoje das Crianças nº 40, 79 e 101.