No lixo comum, não!

O recolhimento de pilhas feito pelas crianças faz parte de um projeto de educação ambiental da escola Balão Vermelho, que propõe ainda a coleta de óleo usado, o consumo de alimentos sem agrotóxicos e a organização de caronas entre pais e alunos (foto: Divulgação).

Você sabia que a pilha do controle remoto, da lanterna ou do rádio pode ser prejudicial ao meio ambiente e à sua saúde? Isso acontece porque pilhas e baterias são feitas de materiais muito tóxicos, que podem contaminar solos, rios, plantas e animais, se elas forem jogadas no lixo comum. Sabendo disso, que tal reunir os amigos e alertar as pessoas sobre a importância de jogar fora, de maneira apropriada, pilhas e baterias? Foi o que fez um grupo de alunos da escola Balão Vermelho, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Em dois meses, eles já mandaram 3.680 pilhas para reciclagem!

Primeiro, meninos e meninas colaram cartazes com esse tema e pintaram cestos de lixo feitos para recolher pilhas e baterias. A ideia era chamar atenção, na escola e nas proximidades, para os papa-pilhas – o apelido das latas de lixo – de forma que eles fossem mais usados. As crianças elaboraram ainda panfletos e os distribuíram pela região. “A gente fez isso várias vezes para as pessoas saberem que usar o papa-pilhas é muito importante para a natureza. Foi muito legal!”, conta Joana El-khouri Medeiros, de cinco anos, que depois acompanhou a entrega do material recolhido a uma instituição bancária, que o jogou fora de forma apropriada.

As pilhas são feitas de materiais tóxicos – elementos químicos chamados metais pesados, como o cádmio, o mercúrio e o lítio – que não desaparecem da natureza e têm uma capacidade surpreendente de acumular-se no corpo de organismos vivos (foto: Jeinny Solis S./sxc.hu).

 Um veneno para a natureza

Mauro Rebelo, biofísico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que as pilhas são um problema no mundo todo e, portanto, um trabalho como o dos alunos mineiros merece elogios. “Uma pilha é um veneno concentrado: reunimos elementos extremamente tóxicos que não ocorrem de forma livre na natureza e, depois do uso, não sabemos como destruí-los”, alerta. O jeito, então, é, ao menos, mandarmos esse material para depósitos específicos, como ocorreu com as 3.680 pilhas recolhidas pela escola Balão Vermelho.

Mas o que será que acontece com as pilhas nesses locais? Depois de desencapadas, elas seguem para fornos industriais dotados de filtros, que impedem a emissão de gases poluentes. Nesse processo, obtêm-se produtos para a indústria química, sendo que as sobras vão para um depósito industrial, que impede o contato com a natureza.

Por um mundo melhor no futuro

Os alunos da escola Balão Vermelho sabem bem como as pilhas são descartadas. “Se não queimar o caldinho tóxico que tem dentro das pilhas, ele entorna na natureza e polui”, explica Antônio Barreto Souza Corrêa, de cinco anos, que, junto com seus amigos de escola, já visitou até um aterro sanitário: um local para onde é levado todo o lixo produzido por uma cidade!

Para o biofísico Mauro Rebelo, o mais importante no trabalho realizado pelos alunos da escola Balão Vermelho é seu efeito ao longo do tempo. “Essas crianças começaram a fazer isso com cinco anos, então, quando estiverem com cinquenta, já terão ajudado um bocado”, aposta o pesquisador.

Você sabia que a pilha do controle remoto, da lanterna ou do rádio pode ser prejudicial ao meio ambiente e à sua saúde? Isso acontece porque pilhas e baterias são feitas de materiais muito tóxicos, que podem contaminar solos, rios, plantas e animais, se elas forem jogadas no lixo comum. Sabendo disso, que tal reunir os amigos e alertar as pessoas sobre a importância de jogar fora, de maneira apropriada, pilhas e baterias? Foi o que fez um grupo de alunos da escola Balão Vermelho, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Em dois meses, eles já mandaram 3.680 pilhas para reciclagem!

Primeiro, meninos e meninas colaram cartazes com esse tema e pintaram cestos de lixo feitos para recolher pilhas e baterias. A ideia era chamar atenção, na escola e nas proximidades, para os papa-pilhas – o apelido das latas de lixo – de forma que eles fossem mais usados. As crianças elaboraram ainda panfletos e os distribuíram pela região. “A gente fez isso várias vezes para as pessoas saberem que usar o papa-pilhas é muito importante para a natureza. Foi muito legal!”, conta Joana El-khouri Medeiros, de cinco anos, que depois acompanhou a entrega do material recolhido a uma instituição bancária, que o jogou fora de forma apropriada.