No mundo da Lua

O astronauta Buzz Aldrin, piloto do módulo espacial que chegou à Lua, caminha pela superfície do satélite (fotos: Nasa).

Vinte de julho de 1969 é uma data histórica. Nesse dia, pela primeira vez, o ser humano chegou à Lua. O mundo assistiu ao feito, transmitido ao vivo pela televisão. Foi o final feliz de uma viagem que exigiu muito esforço.

“Muito dinheiro, muita gente, muitos sacrifícios e muito planejamento foram necessários para que o ser humano chegasse ao satélite da Terra”, conta o astrônomo Naelton Mendes de Araújo, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro. Outras tentativas haviam sido feitas para alcançar a Lua, mas a primeira nave com tripulantes a aterrissar por lá foi a Apollo 11. Já o primeiro astronauta a descer em solo lunar foi Neil Armstrong. Assim que chegou, ele disse uma frase que ficou famosa: “Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”.

De fato, chegar à Lua representou um avanço e tanto para o ser humano. Naelton Araújo conta que muitas tecnologias que vemos hoje foram desenvolvidas a partir da chegada a esse astro. Foi a partir da eletrônica espacial, por exemplo, que se desenvolveram meios para examinar o interior do corpo humano.

Clique e assista à chegada dos tripulantes do módulo lunar da nave Apollo 11 ao satélite da Terra (imagens: Nasa).

Nova viagem espacial?

Uma outra missão levaria, em 1972, tripulantes à Lua. Seria a última a ser feita. Mas por que, até hoje, o ser humano não voltou ao satélite da Terra?

Naelton Araújo conta que a viagem à Lua ocorreu em um período em que os Estados Unidos e a União Soviética – um antigo país, que se dividiu em outros, como a Rússia – travavam uma disputa. “Como os soviéticos não enviaram astronautas à Lua, o interesse diminuiu e os investimentos também”, explica.

Porém, você ainda tem chance de ver astronautas no satélite da Terra. Em junho, a Nasa, a agência espacial americana, enviou um foguete com sondas para explorar esse astro. A ideia é que, até 2020, astronautas o visitem. Vamos torcer, então, pelo sucesso dessa aventura espacial com gosto de passado, mas olhos no futuro!

Marcas na história e no solo lunar

Neil Armstrong deixou uma marca no solo da Lua que vai permanecer por centenas de milhares de anos: suas pegadas.

Como lá não tem ar e nem água, o solo não sofre desgastes causados pelo vento ou pela chuva. Logo, as marcas continuarão visíveis por um bom tempo).