Como você sabe, as florestas brasileiras guardam muitas riquezas, e uma das maiores é a madeira, usada para construir casas, móveis, brinquedos e muitas outras coisas. Em cada mata, existem diversos tipos de madeira, alguns bem parecidos aos outros. Para distingui-los, cientistas criaram um aparelho curioso: o nariz eletrônico.
Assim como você consegue, com uma fungada, diferenciar a canja de galinha da sopa de beterraba, o nariz eletrônico é capaz de identificar rapidamente o tipo de madeira analisado.
O aparelho foi inventado por cientistas da Universidade de São Paulo, após perceberem que, em todo o Brasil, madeireiros espertalhões mentem para os agentes ou policiais da fiscalização ambiental – cortam árvores de mogno (Swietenia macrophylla), por exemplo, e dizem que é cedro (Cedrela fissilis).
Como essas duas madeiras são bem parecidas, os fiscais não conseguem dizer se os madeireiros estão mesmo falando a verdade. Muitas vezes, eles extraem o mogno – que é raro e caro – e misturam as toras em caminhões que transportam cedro – abundante e bem mais barato.
Já com o nariz eletrônico, fica mais difícil enganar a fiscalização! O aparelho tem o tamanho de uma caixa de sapato, e, em poucos segundos, é capaz de “cheirar” as madeiras e dizer o nome delas.
Assim, os policiais e agentes que protegem as nossas florestas têm mais uma ferramenta para impedir que pessoas mal-intencionadas comercializem árvores que não deveriam. O mogno, por exemplo, já está em extinção!
Tomara que o novo nariz eletrônico ajude essa árvore tão bonita, de madeira avermelhada, a se recuperar e continuar fazendo parte de nossa mata nativa.