Em 1952, o escritor Guimarães Rosa participou de uma aventura no sertão de Minas Gerais que marcaria para sempre sua vida. Ele percorreu 240 quilômetros a cavalo, junto a uma comitiva de vaqueiros que conduzia cerca de 200 cabeças de gado. Durante os dez dias dessa viagem, Rosa vivenciou experiências únicas. Comeu com os vaqueiros, dormiu em acampamentos improvisados, ouviu histórias e se encantou com as paisagens do sertão. De tão marcante, essa viagem influenciou toda a obra do autor, inclusive seu livro mais famoso, chamado Grande Sertão: Veredas.

Uma das paisagens mais marcantes do cerrado são as veredas, formações vegetais que acompanham riachos e nascentes, e onde predominam as palmeiras do buriti (Mauritia flexuosa). (foto: Thpelin / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0)
Décadas mais tarde, para evitar que as paisagens do cerrado descritas por Guimarães Rosa fossem destruídas pelo crescimento desordenado das fazendas, foi criado o Parque Nacional Grande Sertão Veredas. Localizado na divisa entre o noroeste de Minas Gerais e o sudoeste da Bahia, o parque é o maior do país com predominância de cerrado. Mas que paisagem tão especial é essa, que serviu de cenário às aventuras de Riobaldo Tatarana – personagem principal do livro de Rosa?
Trata-se dos “Gerais”, uma grande extensão de terras suavemente onduladas e cobertas por vegetação típica de savana, com campos gramados e bosques de árvores baixas e retorcidas. E o que dá um toque especial à paisagem dessa região são as veredas, verdadeiros oásis do cerrado.

Os gerais compõem a paisagem típica entre o norte de Minas e o sul da Bahia, caracterizada por vastos planaltos cobertos pela savana. (foto: Paula Leão)
As veredas se formam nas áreas mais baixas, onde uma vegetação própria, marcada principalmente pela presença de uma palmeira chamada buriti, cresce junto a uma nascente ou um pequeno córrego. Além de sua importância em abrigar espécies típicas da flora, as veredas funcionam também como pontos de encontro da fauna. É ali que muitos animais vão para matar a sede, se alimentar e até se reproduzir, como é o caso de muitas espécies de anfíbios e aves aquáticas.

O veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) é uma espécie que corre risco de extinção por ser muito caçada, mas felizmente ainda pode ser vista com certa facilidade nos campos do Parque Nacional Grande Sertão Veredas. (foto: Paula Leão)
O Parque Nacional Grande Sertão Veredas se destaca por ser refúgio de um grande número de espécies animais raras e em risco de extinção. Cruzando os céus do parque podem ser vistos urubus-reis, araras-vermelhas, araras-canindé e bandos de papagaios-galegos. Nos riachos, podem ser encontrados cervos-do-pantanal, antas, jacarés-coroa e até cobras sucuris. Em seus campos de capim quem desfila são emas, lobos-guarás e tamanduás-bandeiras. E não se espante se, ao caminhar pelas trilhas do parque, se deparar com os enormes buracos cavados pelo tatu-canastra ou com as pegadas gigantes de onças-pardas e pintadas.

A águia-cinzenta (Urubitinga coronata), uma das maiores aves de rapina do Brasil, é outra espécie ameaçada de extinção encontrada no Parque Nacional Grande Sertão Veredas. (foto: Paula Leão)
Não apenas essas riquezas, mas também as lendas populares, o sabor dos frutos do cerrado (gabiroba, pequi, araçá, araticum, cajuí, baru, cagaita etc.), o jeito simples do povo sertanejo e sua estreita relação com a natureza fizeram Guimarães Rosa se apaixonar pelo sertão. Felizmente, graças a ele, hoje temos parte importante do cerrado preservada em suas histórias e no Parque Nacional Grande Sertão Veredas.
Anna Elise
Espero um dia, ir a esse lugar!
Publicado em 26 de dezembro de 2018
saha kally
legal
Publicado em 28 de julho de 2020
Martin Nicolea
Achei muito legal esta matéria. O lugar deve ser um verdadeiro paraíso e graças a Guimarães Rosa o lugar ainda existe. Procurei na internet sobre alguns animais descritos no artigo e achei muito fantástico o Tatu Canastra.
Publicado em 18 de junho de 2020
anonimo
tu ta errado
Publicado em 24 de junho de 2020
pedro augusto terres de castro
eu achei muito cientifico
Publicado em 24 de junho de 2020
melissa closs
é mesmo
Publicado em 24 de junho de 2020
saha kally
e meuu diferete mais é legal
Publicado em 28 de julho de 2020
Luedson
Bom,esse documentario e muito bom e bem reflexivel,na minha opiniao nao mudaria nada,pois,è sensacional,parabens mesmo para os escritores.so sucesso!!
Publicado em 1 de setembro de 2020
Maria gabriela machado
Materia e impresionante ver que algeuem tomou atitude para parar com o desmatamento
Publicado em 16 de março de 2021
Maria gabriela machado
Materia e impresionante ver que algeuem tomou atitude para parar com o desmatamento
Os animais presisam do meio anbimte de vouta
Publicado em 16 de março de 2021
LUCAS
é o melhor parque que eu vi
Publicado em 22 de março de 2021
Itachi
Irineu vc nãoo sabe nem eu
Publicado em 23 de março de 2021
Celyne barbosa
Achei o texto bem assertivo e objetivo. Tem uma linguagem facíl e ajuda a entender bem o tema. Eu e meus colegas achamos imprecionante a atitude e a força de vontade que Guimarães rosa teve, e espero que a humanidade aprenda a ter mais empatia e ser solidário como ele!
Publicado em 4 de maio de 2021
Marcela Mello
Belo Horizonte, 13 de agosto de 2021.
Olá pessoal da CHC,
Achei essa reportagem sobre “o livro que virou parque” muito explicativa e interessante. Fiquei pensando que se o Guimarães Rosa não tivesse passado pelo sertão, o parque talvez não existisse. Ainda bem que a situação não foi essa (rsrs). Vou pesquisar sobre as espécies encontradas ali para saber mais.
Até a próxima,,
M. M. V.
Publicado em 13 de agosto de 2021
ff_bandida
Vdd
Publicado em 17 de agosto de 2021
Rebeca Costa
Olá pessoal da CHC!
Tudo bem com vocês?
Achei essa reportagem sobre “o livro que virou parque” muito interessante. Foi muito legal saber mais sobre as notícias da CHC! É muito importante preservar a natureza sabiam? Por isso essa reportagem foi incrível e impressionante de ler! Quero saber mais sobre os animais que tem lá. Vou pesquisar para saber mais sobre eles e volto falando mais para vocês. Até a próxima!
Publicado em 14 de setembro de 2023
Carolina Rocha
Olá pessoal da CHC! Achei muito legal “o livro que virou parque” porque é importante preservar a natureza. Gostaria de saber quais os tipos de animais tem nesse locar! Até a próxima!
Publicado em 14 de setembro de 2023