O que querem fazer com a Amazônia?

Jornais, revistas e programas de TV têm noticiado que estão querendo mudar a lei que protege a Floresta Amazônica e o cerrado, os dois maiores ecossistemas brasileiros. Mas você sabia que essas mudanças não são nada boas para a floresta? A Ciência Hoje das Crianças foi investigar e explica para você as principais propostas de mudança no Código Florestal – a legislação que protege nossas matas.

A CHC foi investigar por que os políticos tanto falam da maior floresta do mundo

A lei brasileira é uma das únicas no mundo que diz o que as pessoas que moram em regiões de floresta têm que fazer em seu próprio terreno. Ela determina que quatro quintos de cada propriedade rural localizada na Amazônia sejam reservados para a preservação da mata. Sendo assim, os donos dessas fazendas só podem usar um quinto do terreno para construir casas, plantar e criar animais. O resto é considerado área de preservação da floresta, e é intocável. Essa área se chama área de reserva legal. Ela existe para conservar o grande número de espécies de plantas e bichos que existem na Amazônia. Mas, infelizmente, nem todos pensam assim.

Alguns políticos querem reduzir a área de reserva legal de quatro quintos para a metade. Segundo os ambientalistas, isso é grave, pois a Amazônia perderia seu equilíbrio natural. A proposta de alteração da lei quer que, além da Amazônia, a região do cerrado também tenha sua área de proteção modificada: as fazendas localizadas ali diminuiriam de um meio para um quarto a parte destinada à preservação da vegetação. Com isso, fazendeiros e políticos querem aumentar a área de plantação e criação de gado. Mas os estragos nos ecossistemas seriam enormes.

A situação é tão grave que até a Turma da Mônica, do desenhista Maurício de Sousa, está protestando contra essas mudanças na lei. No site dos personagens das histórias em quadrinhos, eles defendem a natureza e convocam todos para reclamar contra esse crime, que corre o risco de virar lei. Afinal, a Floresta Amazônica é patrimônio de todos nós, e a lei não pode servir aos interesses de um pequeno grupo de pessoas.