Às vezes, não precisamos nem olhar, basta ouvir com atenção o barulho da brisa, folhagens, pássaros, chuva, insetos e logo sabemos o que compõe o ambiente onde estamos. E essa sinfonia da natureza pode ser muito útil para a ciência. Prova disso é que pesquisadores criaram um método para estudar os ecossistemas com base justamente nos barulhos que eles emitem: o monitoramento ecológico acústico.
A ideia é instalar microfones em locais estratégicos. “Deixamos gravadores nas florestas, nos campos, em vários lugares do mundo! E podemos descobrir muitas coisas com essas gravações”, conta o biólogo Marconi Campos Cerqueira, da Universidade de Porto Rico.

Pesquisador opera equipamento de gravação para captar sons naturais. (foto:Divulgação)
Isso é possível porque os sons dizem muito sobre o estado de preservação de cada local e a análise deles ajuda os cientistas a descobrirem quais espécies vivem ali, quantos indivíduos habitam o lugar, como se comportam, se são machos ou fêmeas, jovens ou adultos, e muito mais.
“A partir das gravações, conseguimos informações biológicas importantes: conhecemos a distribuição das espécies, a abundância, e, com o tempo, conseguimos saber, por exemplo, se a população de um determinado grupo está aumentando ou diminuindo”, diz Marconi à CHC Online.

Microfone instalado nas florestas de Porto Rico, onde cientistas fazem o monitoramento acústico dos ecossistemas (foto: Divulgação)
Um exemplo de aplicação do novo método é um estudo feito por Marconi e seus colegas sobre um pequeno sapinho popularmente chamado de coquí llanero e que recebe o nome científico de Eleutherodactylus juanariveroi. Os sons emitidos por esse anfíbio, que é encontrado apenas em uma pequena região da ilha de Porto Rico, foram gravados pela equipe diariamente durante seis anos.

Esse é o simpático sapinho conhecido como coquí llanero, que pode ser encontrado em Porto Rico. (foto: Luis J. Villanueva)
O longo tempo de gravação mostrou que, em um primeiro momento, a população do sapinho estava em declínio. “Mas, após alguns anos, percebemos que a espécie estava se recuperando na região”, comemora Marconi. “Isso mostra como é importante mantermos sistemas de monitoramento em longo prazo.”
Ouça o planeta
Não é só para gravar os sons de animais que o monitoramento acústico serve. Alguns pesquisadores, como o biólogo norte-americano Bryan Pijanowski, estão interessados em gravar os sons de todo o planeta. Isso mesmo: ele quer traçar um perfil sonoro de diferentes lugares. Assim, saberemos, por exemplo, como os ruídos emitidos pelo homem interferem na natureza.
O objetivo de Pijanowski é entender como todos os sons de um ambiente interagem – desde o estridular dos grilos até o ruído dos carros, trovões ou terremotos. Ele acredita que esses padrões ajudam a entendermos melhor os diversos ambientes que existem.
E todo mundo pode participar dessa missão. A equipe de Pijanowski desenvolveu um aplicativo, disponível apenas em inglês, que qualquer um pode instalar em seu celular e, com ele, gravar os sons de sua região. Ao final, a ideia é termos um grande banco de dados com algo que poderíamos chamar de uma paisagem sonora do planeta!
marcella
autor do texto “Os sons da natureza” afirma que o estudo dos sons pode indicar o grau de preservação de um ecossistema. Explique essa afirmação com suas palavras
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