Hoje somos sete bilhões de pessoas no planeta. Você talvez não tenha noção, mas isso é muita gente, ainda mais se levarmos em consideração que há mais ou menos 40 anos éramos apenas metade desse número.
O crescimento foi muito rápido. Nossa espécie existe há cerca de 130 mil anos, mas, de uns tempos pra cá, a população vem aumentando num ritmo acelerado. Por exemplo, em 1800, existiam 1 bilhão de pessoas no mundo. Já em 1999, éramos 6 bilhões e em apenas 12 anos chegamos a 7 bilhões. A estimativa é que, em 2050, a população mundial seja de 9 bilhões.
Podemos dizer que o grande estouro populacional começou no século 18, com a Revolução Industrial. “O aumento se deu devido ao conforto criado pelo maior domínio das fontes de energia”, explica André Felipe Simões, professor da Universidade de São Paulo. O uso do vapor e da energia elétrica permitiu que a industrialização avançasse, facilitando a vida das pessoas daquela época e favorecendo o aumento da população.
Avanços recentes na engenharia, na educação e em outras áreas fizeram a população aumentar ainda mais. Um exemplo é a medicina, em que novas tecnologias possibilitam o nascimento de mais bebês e fazem com que as pessoas vivam mais.
Se, por um lado, é legal garantir uma vida mais longa e confortável para todos, por outro, o aumento da população traz alguns problemas. Uma população maior polui mais o meio ambiente, por exemplo.
Outra dificuldade de um planeta mais populoso é garantir que todos tenham acesso a elementos básicos para a sobrevivência. “Com o aumento da população, podemos prever uma série de problemas socioeconômicos, como a dificuldade no acesso à água potável, cada vez mais rara, e a alimentos nutritivos”, conta André.
O pesquisador, porém, acredita que é possível conciliar o crescimento da população e a preservação do meio ambiente. Para isso, é preciso apostar na educação: se todos souberem aproveitar bem os recursos que o planeta oferece, poderemos manter o ambiente saudável, mesmo com mais pessoas usufruindo dele.