Cientistas anunciaram a descoberta do mais antigo fóssil de abelha já encontrado. Preservado em âmbar, ele tem 100 milhões de anos e mede apenas 2,95 milímetros. Quarenta milhões de anos mais antigo do que outros fósseis de abelha já encontrados, esse incrível vestígio do passado foi descoberto em Burma, um país do sudeste da Ásia. Em homenagem ao local em que foi achada, a espécie de abelha que por tanto tempo ficou preservada foi batizada pelos cientistas de Melittosphex burmensis.
O fóssil recém-descoberto mostra que, mesmo há cem milhões de anos, as abelhas já tinham desenvolvido importantes características apresentadas por elas atualmente. Um exemplo são os pêlos presentes nas pernas, que, acreditam os cientistas, são importantes para coletar o pólen das flores, que as abelhas comem ou levam para suas larvas nas colméias.
Ao visitar diferentes flores, as abelhas acabam carregando o pólen de uma para outra, auxiliando a reprodução das plantas. No fóssil de cem milhões de anos foram encontrados diversos grãos de pólen e acredita-se que a origem das abelhas contribuiu para a rápida diversificação das angiospermas – plantas com flores – do início até a metade do período conhecido como Cretáceo, que vai de 145 a 65 milhões de anos atrás, aproximadamente.