Uma competição olímpica em que não é necessário saber correr, nadar ou dar saltos mortais. Basta ter uma grande idéia e uma vontade danada de divulgá-la. Para concorrer, você precisa ter curiosidade e bastante disposição para pesquisar. O prêmio? Ter seu trabalho reconhecido por cientistas e sua idéia espalhada pelo Brasil, além de conhecer outras experiências tão geniais quanto a sua. Gostou? Então, fique de olho na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente.
Criada para apresentar ao público os projetos sobre saúde e meio ambiente desenvolvidos por alunos de todo o Brasil com a orientação dos seus professores, a olimpíada já está no seu segundo ano. Nesta edição, a competição recebeu 720 trabalhos, enviados por estudantes do Ensino Fundamental e Médio, nas categorias “Arte e ciência”, “Produção de textos” e “Projetos de ciências”.
Depois de uma seleção feita por cientistas em cada região do Brasil, 34 projetos foram selecionados e reconhecidos como os melhores. Como prêmio, alunos e professores ganharam certificados da Fundação Oswaldo Cruz – uma das instituições responsáveis pela olimpíada –, inscrições no 4 0 Congresso Nacional de Centros de Ciências, no Rio de Janeiro, e uma visita à Expointerativa – uma feira de ciências perfeita para os curiosos.
Reunidos no Rio de Janeiro, os premiados participaram de uma cerimônia. Na ocasião, os seis melhores trabalhos ganharam troféus e o reconhecimento por suas idéias. “A olimpíada é uma oportunidade para conhecer trabalhos de qualidade, nas escolas, feitos pelos professores e alunos”, conta Nísia Trindade Lima, coordenadora nacional da segunda olimpíada.
Poesias, filmes, CDs, desenhos, maquetes e até peças de teatro participaram da competição. Em um projeto de ciências premiado, por exemplo, os alunos da Escola Itinerante Maria Alice W. Solsa, do município de Lages, em Santa Catarina, fizeram, com a orientação do professor, um trabalho de campo em sua cidade. Percorreram os lugares onde ficam os rios da região e avaliaram as condições ambientais de uma área importante, que contém nascentes. Com isso, além de descobrirem a importância da preservação do meio ambiente, todos ficaram sabendo sobre os cuidados que se deve ter para manter a qualidade da água.
Ficou animado e quer participar da competição? Então, seja um bom atleta da ciência e comece já a se preparar. Acesse o site http://www.olimpiada.fiocruz.br/ e fique por dentro dos detalhes da próxima olimpíada. Chame seus colegas e professores! Quem sabe não será seu – ou de sua escola – o próximo trabalho premiado?!
Confira abaixo os vencedores da Olimpíada e os trabalhos desenvolvidos por eles:
Categoria Arte e ciência
Ensino fundamental
Acqua Vitale
Os alunos da 7ª e 8ª séries montaram uma instalação em que reproduziram pinturas e fotografias de autores famosos, acrescentando a elas desenhos sobre a seca no Nordeste do Brasil. Um convite à reflexão sobre a importância da água e o problema da seca no país, o trabalho utilizou fotografias de Sebastião Salgado e obras de Portinari, entre outros artistas brasileiros.
Escola Professor Antônio dos Santos – Araraquara/SP
Aluno representante: Karen Regina de Andrade Correa
Professor orientador: Marta Regina Sene
Ensino médio
Iaguarapé
Os estudantes produziram um curta-metragem com aproximadamente um minuto de duração sobre o descaso dos moradores de Manaus em relação aos igarapés. O objetivo do filme é conscientizar a população sobre a importância desses pequenos riachos que nascem na mata e deságuam nos rios da região.
Instituto de Educação do Amazonas – Manuas/AM
Aluno representante: Gessica de Souza Lima
Professor orientador: Odacy de Oliveira Souza
Categoria Produção de textos
Ensino fundamental
Invadir para sobreviver
Os alunos criaram uma série de histórias de ficção científica. Os contos falam sobre saúde e meio ambiente, com uma linguagem simples, mas muito divertida.
Associação Educacional Arco-Íris – Recife/PE
Aluno representante: Matheus Alves Villar de Sant’Anna
Professor orientador: Antônio Carlos da Silva Mendes
Ensino médio
Radioatividade ameaça aniquilar o homem
A partir de uma pesquisa em livros sobre a construção da usina nuclear de Angra dos Reis – destinada a gerar eletricidade – e sobre a história de vida de um dos engenheiros responsáveis pela construção da usina, David Rodrigo Rosa escreveu uma redação sobre os perigos da utilização da energia nuclear para as pessoas e para o meio ambiente.
Centro Educacional Poetisa Cecília Meirelles – Pitangueiras/SP
Professor orientador: Angélica da Costa Boaventura
Categoria Projeto de ciências
Ensino fundamental
Análise das condições sócio-ambientais da comunidade beira-rio do trecho Nazaré da Mata – Pernambuco
O projeto avalia a relação dos moradores das margens do rio Tracunhaém, no município de Nazaré da Mata, com o meio ambiente. Os alunos analisaram as condições de uso do curso d’água, sua limpeza e sua preservação, além de investigar o modo de vida das pessoas que moram às margens do Tracunhaém.
Colégio Municipal Dom Mota – Nazaré da Mata/PE
Aluno representante: Ana Maria Jerônimo da Silva
Professor orientador: Ilvanere Leite
Ensino médio
Cidade que a gente quer: Diário de bordo
Os estudantes confeccionaram uma maquete sugerindo o uso da energia solar na iluminação pública. O objetivo do trabalho era apresentar uma solução para o problema local de falta de iluminação nas estradas.
EEBP Fundação Bradesco – Rio Branco/AC
Aluno representante: Uendell do Nascimento Borges
Professor orientador: Valdeneide Barbosa Queiroz