Como você reagiria se fosse convidado a participar de uma viagem espacial, em torno do Sol, a uma velocidade de 107.000 quilômetros por hora? E se, além disso, o agente de viagens garantisse que, para haver mais emoção, você iria rodopiando a uma velocidade de cerca de 1.700 quilômetros por hora? Gostou da idéia? Nem será preciso sair de seu lugar, pois você já está participando dela. Aliás, todos nós estamos. E nossa nave espacial é o planeta Terra.
Essas velocidades correspondem, respectivamente, às velocidades de translação e de rotação da Terra. Na verdade, a velocidade de rotação citada só vale se você estiver próximo à linha do Equador, na cidade de Belém, por exemplo. Em outros pontos da Terra ela é menor, diminuindo em direção aos pólos.
Viajamos em torno do Sol junto com os outros planetas do Sistema Solar e, ao mesmo tempo, todo o sistema solar, ou seja, o Sol e todos os planetas e satélites, também viaja pelo espaço sideral com a Via Láctea.
Durante o movimento de translação, a Terra não está sempre à mesma distância do Sol. Ela descreve uma trajetória, chamada órbita, na qual a distância maior entre a Terra e o Sol é de 152 milhões de quilômetros (ponto da órbita chamado de afélio) e a menor é de 147 milhões de quilômetros (ponto da órbita chamado de periélio). Essas distâncias, por serem tão grandes, são chamadas distâncias astronômicas. Como se vê, a órbita da Terra não corresponde a uma circunferência, ela tem a forma de uma elipse, na qual o Sol ocupa um dos focos.
Se reduzirmos essas distâncias quatro trilhões de vezes, vamos obter o modelo proporcional da órbita da Terra representado na figura ao lado. Nela, estão indicados os dois focos da elipse, F e F’. Nessa proporção, o Sol seria menor do que a metade de um milímetro, e a Terra, cujo diâmetro é 110 vezes menor que o do Sol, nem sequer apareceria.
Observe na figura que, embora a órbita da Terra seja elíptica, sua forma está muito próxima à de uma circunferência, o que você já deve ter imaginado ao verificar a pequena diferença, proporcionalmente, entre as distâncias do afélio e do periélio.
De que maneira você identificaria as posições vertical e inclinada na superfície da Terra? Nada melhor que a prática para saber. Utilizando alguns palitos para imitar estacas, fixe-os com massa de modelar na superfície de um globo terrestre (ou espete-os na superfície de uma bola de isopor) representando algumas posições verticais e outras inclinadas.
Para facilitar seu trabalho, consulte a figura ao lado, que representa diversas posições verticais na superfície da Terra. As posições verticais (ou perpendiculares) em relação à superfície são aquelas que apontam diretamente para o centro da Terra.
Depois, verifique, em um globo terrestre, o eixo de rotação da Terra. Ele é perpendicular ou inclinado em relação a sua superfície?
A luz e o calor do Sol na superfície
O Sol emite grande quantidade de energia, principalmente na forma de luz e calor, em todas as direções. Acontece, porém, que sua distância média da Terra é de 150.000.000 km e, em conseqüência disso, apenas uma pequena parcela da energia emitida atinge nosso planeta. Devido à enorme distância entre eles, podemos considerar o Sol como uma fonte de energia no infinito em relação à Terra. Por essa razão, admitimos que os raios solares chegam aqui paralelamente.
Utilizando uma lanterna para representar um feixe de raios solares, ilumine o globo terrestre em diversas posições conforme indicado na figura ao lado (mantenha a lanterna na posição horizontal). Em seguida, identifique as regiões nas quais a iluminação é mais concentrada e mais espalhada.
Como você verificou ao iluminar o globo com a lanterna, a quantidade de luz e calor que atinge as diferentes regiões de nosso planeta depende da posição em que os raios chegam na superfície. Mas, além disso, varia também com a posição da Terra em relação ao Sol durante seu movimento de translação.
De dezembro a março, o hemisfério sul da Terra recebe muito mais (e mais diretamente) energia do Sol que o hemisfério norte. É o período do verão para o hemisfério sul e inverno para o norte. O que acontece no período oposto, de junho a setembro? Nessa época, a estação fria, de inverno, ocorre no hemisfério sul, enquanto no hemisfério norte é verão.
Observe na figura acima que essa inversão acontece porque o eixo de rotação da Terra é inclinado em relação ao plano da órbita. Conforme você identificou em atividade anterior, esse eixo é vertical (perpendicular) em relação à superfície da Terra, passando pelos dois pólos.
Entretanto, ele apresenta uma inclinação em relação ao plano da órbita da Terra em torno do Sol. Se o eixo de rotação fosse perpendicular ao plano da órbita, não existiriam as diferentes estações do ano. Os hemisférios norte e sul receberiam a mesma quantidade de energia solar durante o ano todo.
Observe a figura acima: em 21 de março e 23 de setembro os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de energia. Essa situação acontece somente duas vezes por ano e corresponde ao início da primavera e do outono, dependendo do hemisfério. A quantidade de energia recebida em cada hemisfério vai aumentando durante a primavera e diminuindo durante o outono. Finalmente, você deve ter estranhado a forma da órbita da Terra na figura, porque já viu em uma figura anterior que ela é quase uma circunferência. Mas, a órbita está representada em perspectiva, dando a impressão de uma elipse pronunciada.
Fernando
Gostei
Publicado em 17 de março de 2021
Igor
Esse eu não gostei tanto quanto o outro.
Publicado em 17 de abril de 2021
LUCAS B.
Coisa cring
Publicado em 11 de março de 2022
Giovana
Deveria ser só 4 linhas
Publicado em 8 de abril de 2022
Giovana
Alguém faz um resumo de 5 linhas sobre
Publicado em 8 de abril de 2022
juaquina hank
Muito bom
Publicado em 19 de abril de 2022
jackeline
adorei
Publicado em 29 de junho de 2022
Júlio
Muito bom adorei
Publicado em 14 de março de 2023
Guerrero
Ameii
Publicado em 5 de maio de 2023