E aí, pessoal? Tudo bem? Na coluna deste mês, vamos conhecer um clube bem legal, que funciona na Escola Municipal Levi Carneiro, em Niterói, no Rio de janeiro. Ele foi criado em 2014 pela professora Camilla Alô, quando alguns alunos do oitavo ano a procuraram e lhe contaram que se reuniam em casa para estudar assuntos científicos. A professora então propôs reuniões semanais após as aulas e, a partir de 2016, passou a contar com outra professora, a Ana Paula Mello.
Desde então, começaram reproduzindo experimentos da internet e depois criaram projetos que pudessem solucionar problemas cotidianos. Um deles foi o reaproveitamento da merenda escolar para produzir ração para animais de rua.
Os clubistas, como são chamados os associados aos clubes de ciências, relataram que aprenderam a observar as coisas ao seu redor, a perguntar mais e a lidar com opiniões diferentes. Com o clube, eles puderam expor suas ideias em feiras de ciências e, segundo eles, isso ajudou na escolha da própria faculdade.
Clubes de ciências como esse vêm mostrar que podemos e devemos acreditar num futuro melhor. Eles estimulam o pensamento crítico-reflexivo, ou seja, fazem com que as pessoas elaborem perguntas e aprendam a encontrar soluções, como fizeram esses jovens ao se questionarem sobre o que poderiam fazer com as sobras da merenda escolar e se voltarem ao desenvolvimento da ração. Pelo trabalho, até ganharam medalha da Câmara Municipal da cidade. O que os alunos precisaram investir? Apenas a vontade de aprender com a ciência e o apoio de pessoas que amam o que fazem, como as professoras Camilla e Ana Paula.
Gostou? Bacana né? E você aí, conhece algum clube de ciências? Conte para a gente. Estamos loucos de vontade de contar essa história aqui também. Até a próxima!
Alberto Lazzaroni
Mestre em Ciências e Biotecnologia pela Universidade Federal Fluminense
Professor do CIEP 449 Intercultural Brasil-França
Nasci na Baixada Fluminense num tempo em que existiam muitas brincadeiras de rua. Tive uma infância muito feliz e sonhava em ser jogador de futebol. A paixão pelos bichos, no entanto, venceu a da bola. Hoje sou professor, apaixonado pela ciência e com um sonho: que haja um clube de ciências em cada escola do nosso país.
Matéria publicada em 13.12.2019