Ai, que preguiça!

Por que muitas vezes sentimos desânimo ou vontade de não fazer nada?

Ilustração Walter Vasconcelos

Quando bate aquela vontade de não fazer nada, aquele desânimo por ter de fazer alguma coisa que você não gosta ou que parece ser muito difícil, é ela: a preguiça! Se ela chega, você só pensa que não quer nem ter de pensar, que precisa ficar de pernas para o ar. Mas, você sabe por que isso acontece? Veja só…

Quando precisamos praticar uma atividade física ou resolver a lição de casa, sabemos que vamos nos cansar física ou mentalmente nesse processo. Por outro lado, assistir TV, jogar videogames ou comer aquele bolo de chocolate que está na geladeira faz com que o nosso cérebro interprete essas atividades como muito mais prazerosas e com menos gasto de energia. Assim, é muito mais provável que você deixe a lição de casa para depois e acabe na frente da TV (comendo bolo!).

Mas por que o cérebro escolhe fazer o mais fácil em vez do mais difícil? A resposta é simples: para economizar energia! Uma pesquisa feita por cientistas canadenses mostrou que a preguiça está relacionada ao nosso instinto de sobrevivência. Ao economizar energia, nossos ancestrais, por exemplo, tinham mais chances de caçar e achar abrigo. Pelo mesmo motivo, é por isso que muitas vezes acabamos não cumprindo as nossas responsabilidades com a escola, mas ficamos em dia com o desenho animado da nossa preferência. 

Mas, atenção! Não podemos usar essa informação como desculpa para justificar a preguiça que sentimos. Nada de se acomodar! A preguiça em excesso pode fazer mal para a nossa saúde. É muito importante brincar, fazer muita atividade física e comer muito bem (não dá pra viver só de bolo de chocolate!). Assim, ganhamos uns minutos extras para jogar videogames. E não esqueça da lição de casa, não deixe a preguiça ganhar sempre.


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Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão em Neurociências (NuPEDEN)
Universidade Federal Fluminense

Sou pesquisadora apaixonada pelo cérebro e aqui vamos conversar sobre como este órgão é fascinante e controla tudo na nossa vida. Vem comigo?

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Lívia Moraes Guilherme
(NuPEDEN/UFF)

Matéria publicada em 09.07.2025

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