Quem não têm limitações físicas ou alguma questão que torne o seu processo de aprendizagem diferente da maioria das pessoas não costuma parar e pensar sobre como deve ser difícil atravessar um único dia em que as coisas não funcionam. Mas assim é a vida de quem não enxerga ou têm baixa visão, de quem não ouve, de quem precisa de uma cadeira de rodas para se locomover, de quem é autista ou tem paralisia cerebral, por exemplo. Para essas pessoas, o mundo não está plenamente adaptado. Na verdade, às vezes, não está nem um pouquinho.
Enquanto lê este texto, você está dedicando um tempo precioso para pensar sobre inclusão, ou seja, você está se colocando no lugar de alguém e imaginando como seria se todas as pessoas tivessem os mesmos direitos, independentemente das suas diferenças. E que tal aproveitar para imaginar também algumas soluções?
Se decidirmos reler a abertura deste texto, rapidamente descobriremos que as coisas poderiam ser diferentes se a escola tivesse livros em braile ou audiolivros para a menina cega. Se houvesse rampas ou elevadores para o colega cadeirante. Se a sala de aula fosse mais silenciosa e tranquila para acolher o amigo autista. E também se houvesse uma(a) intérprete de LIBRAS, ou mesmo se mais colegas da turma se interessassem pela língua de sinais para se comunicar com a amiga surda.
Quando percebemos as necessidades das pessoas e consideramos atentamente as suas opiniões, temos a oportunidade de pensar em algo que funcione para todos. É assim que a inclusão pode se tornar realidade. E, quando isso acontece, tudo é muito mais leve e justo. Você não acha?
Com os exemplos que vimos, podemos perceber que a falta de inclusão está na falta de acessibilidade, de oportunidades e até mesmo no preconceito. A partir do momento que eliminamos essas barreiras, as dificuldades e as desvantagens vão desaparecendo.
Tudo muda quando entendemos que o “problema” ou a “dificuldade” não está na pessoa que tem a deficiência, e sim no fato de o ambiente que a cerca não estar adaptado às necessidades dela. Por isso, não devemos culpar ou ter pena dessas pessoas, evitando um sentimento chamado capacitismo.
Diferentes deficiências fazem parte da vida de diferentes pessoas, mas isso não é razão para que elas convivam com desvantagens ou prejuízos no seu dia a dia ou na sua formação, porque esses são problemas sociais, causados pela falta de acessibilidade, pela impossibilidade de chegar ao que ela necessita.
Você já ficou de fora de uma brincadeira ou foi deixado de lado na hora que escolheram o time? A sensação é ruim, não é? Parece que dói por dentro. Sabia que essa dor tem nome? Neurocientistas, especialistas no estudo do cérebro e das emoções, a chamam de “dor social”.
A dor social vem quando nos sentimos excluídos, e o nosso cérebro reage de forma parecida como quando machucamos o joelho. É por isso que nos sentimos muito tristes, como se tivéssemos um buraco no peito. O coração bate até num ritmo diferente, e aí o cérebro pode determinar que algumas substâncias sejam liberadas no nosso organismo para direcionar a nossa atenção a algo que nos faça sentir seguros novamente. Mas, enquanto isso não acontece, é natural que o nosso foco esteja no sentimento ruim que experimentamos com a situação de exclusão.
Todos nós, humanos, temos a necessidade de pertencer a um grupo para nos sentirmos seguros e felizes, isso é fundamental para a nossa saúde. Se entendemos isso, compreendemos por que o sentimento de exclusão nos faz tão mal.
Mas focar nas deficiências, nos transtornos e no que outras pessoas não conseguem realizar não é a solução para um ambiente mais inclusivo. Todo mundo tem um jeito diferente de ser que merece ser respeitado.
Quem não se sente melhor quando alguém se aproxima e oferece algum tipo de ajuda ou quando tenta conversar e explicar como as coisas funcionam ou simplesmente quando te convida para brincar? Inclusão é exatamente isso: encontrar maneiras de fazer todo mundo se sentir respeitado, importante e incluído, cada um do seu jeito.
Quando nos importamos de verdade uns com os outros, passamos a enxergar as responsabilidades das famílias, dos vizinhos, das escolas… e, claro, do poder público, daqueles que ocupam lugar de decisão nas prefeituras, nos governos dos estados e até do país, que é de onde devem partir as políticas de inclusão para que os direitos das pessoas com deficiência ou transtorno sejam respeitados. Assim, começamos o movimento: “E aí, quando é que vão construir aquela rampa?”. “Quem é que vai comprar audiolivros para a escola?”. “Que dia chega o(a) intérprete de LIBRAS?”. “Vamos fazer uma festa diferente para que nosso colega autista possa participar? Como ela pode ser?”.
Antes de encerrar, vamos lembrar que, quando exercitamos a empatia, isto é, quando adquirimos realmente o hábito de nos colocar no lugar de outra pessoa, conseguimos praticar a inclusão de forma natural. Aí, dificuldades, deficiências e transtornos passam a ser percebidos como parte da sociedade, e a inclusão vem de nós, dos professores, da direção da escola, das salas de cinema, do teatro, do circo, do shopping, dos ônibus, dos aviões, do clube, do restaurante… do mundo todo.
Liana Portugal
Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Mariana Lopes
Departamento de Educação
Universidade Federal da Bahia
Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão em Neurociências
Universidade Federal Fluminense
Matéria publicada em 31.01.2025
Luciana Caxias Ferreira
Inclusão é o ato de garantir que todas as pessoas, independentemente de suas diferenças, tenham oportunidades iguais de participação na sociedade. Isso envolve a valorização da diversidade, a eliminação de barreiras e a promoção da acessibilidade em áreas como educação, trabalho e convivência social. O objetivo é criar um ambiente onde todos se sintam respeitados, representados e capazes de contribuir, infelizmente não vida real dessas pessoas não acontece essa inclusão, precisamos termos consciência que eles não pediram para nascerem assim ou ficarem assim mais ter empatia para ajuda-los a se sentirem amados e incluídos na sociedade.
Rosiana Henrique
Boa tarde, o texto é de grande importância e aborda questões de inclusão ou falta dela que ocorre no dia a dia na vida das pessoas que tem necessidade desses aportes.
Ana Lucia Cardoso do Carmo
A dor social é uma realidade por vezes invisível, mas que se torna visível a partir do momento em que, aquele que a sente, sofre e é ” mutilado”, não pela sua limitação em realizar e viver a vida de maneira natural, mas exatamente pela dor que não permite suas realizações.
CHRIS
muito legal isso aprendi
miguel oliveira
eu achei muito lagal
Turma do 3° ano S
“Por mais inclusão”
Olá pessoal da CHC! Gostamos muito do artigo “por mais inclusão”.
O texto nos fez pensar em maneiras de ajudar mais as pessoas com deficiência.
Turminha do 3° ano S
Atibaia- SP
Maria Ozélia Soares de Souza
Seria muito bom se todos pensassem em um mundo com as oportunidades iguais pra todos.
Lucca e Rafael
Chc, nós do Colégio Objetivo achamos muito interessante essa pesquisa.
Um abraço
Valentina Dias Couto
Oi Liana, Mariana e Priscilla.
Eu achei muito legal e criativo!
Escola Dioneta
Nova Serrana
PROFESSORA FÁTIMA AMERICANO
POR MAIS INCLUSÃO!
OLÁ CHC, ESSE TEXTO É MUITO IMPORTANTE PARA TODOS NÓS ENTENDERMOS QUE FAZEMOS PARTE DA INCLUSÃO.
DEVEMOS RESPEITAR AS DIFERENÇAS, AJUDAR ENSINANDO, CHAMAR PARA BRINCAR E MUITAS OUTRAS COISAS. ESTAMOS FELIZ EM AJUDAR ESSAS CRIANÇAS A SE SENTIREM INCLUIDAS.
OBRIGADO CHC POR NOS FAZER ENXERGAR NOSSAS RESPONSABILIDADES.
ALUNOS DO COLÉGIO OBJETIVO MAIRIPORÃ DO 3º ANO A.
COLÉGIO OBJETIVO CAIEIRAS 3º ANO
POR MAIS INCLUSÃO!
OLÁ CHC, ACHAMOS O TEXTO IMPORTANTE, ELE NOS FAZ PENSAR NAS DIFERENÇAS. ENTENDEMOS QUE PARA DIMINUIR AS DIFERENÇAS PODEMOS AJUDAR: NÃO EXCLUIDO, RESPEITANDO, AJUDANDO NAS NECESSIDADES E CHAMANDO PARA BRINCAR.
TCHAU CHC, SUA REVISTA É MUITO LEGAL.