
Sabemos que os micróbios estão presentes em praticamente todos os cantos do planeta Terra. Mas será que eles também chegaram ao espaço? A resposta é sim! Eles pegam carona em estruturas humanas, como naves e satélites.
A Estação Espacial Internacional (EEI) é uma dessas estruturas espaciais. Trata-se de uma base científica que já orbita o planeta há mais de 20 anos. Uma de suas principais finalidades é a de servir como um laboratório para pesquisas em inúmeras áreas da ciência. E, como é comum em ambientes controlados de pesquisa, o interior da EEI passa por frequentes rotinas especiais de higienização. Mas engana-se quem pensa que este enorme laboratório flutuante está livre dos micróbios.
Em um estudo recente, astronautas recolheram mais de 800 amostras da superfície de diferentes locais no interior da EEI, como banheiros, cozinha e compartimentos de trabalho. Essas amostras foram enviadas à Terra e, após analisadas, cientistas detectaram a presença de milhares de tipos de microrganismos, entre bactérias, fungos e vírus.
Mas o que parece ser um número alto é, na verdade, uma diversidade muito baixa de micróbios. A maioria dos ambientes naturais ou mesmo artificiais na Terra pode abrigar de dezenas a centenas de milhares de espécies de microrganismos. E a maioria das espécies encontradas na EEI são típicas habitantes do corpo humano, mostrando que a principal fonte de micróbios daquele local são os próprios astronautas. Não raramente os astronautas hospedados na EEI sofrem com doenças de pele, alergias e infecções microbianas.

Isso quer dizer que a tripulação da estação espacial precisa melhorar seus protocolos de limpeza? Não exatamente. Na verdade, os problemas de saúde apresentados pelos astronautas podem ser consequência da falta de micróbios, e não da sua presença! É que a baixa diversidade do microbioma pode significar a carência de micróbios benéficos às defesas do organismo humano, o que facilita a multiplicação de espécies resistentes e causadoras de doenças.
No futuro, moradas espaciais saudáveis podem ser aquelas com comunidades microbianas mais parecidas com ambientes naturais terrestres, ao invés de excessivamente higienizadas.

Vinícius São Pedro,
Centro de Ciências da Natureza,
Universidade Federal de São Carlos
Sou biólogo e, desde pequeno, apaixonado pela natureza. Um dos meus passatempos favoritos é observar animais, plantas e paisagens naturais.
Matéria publicada em 21.08.2025
Larissa Taborda Valadares Carvalho
Oi, pessoal da CHC! Eu acabei de ler o “Micróbios no espaço” eu achei muito interessante e legal, eu amei, quero que vocês façam uma edição completa de coisas de astronomia, pois eu amo muito astronomia, e eu quero ser da NASA quando eu crescer, pois ainda tenho 8 anos. Beijos para todos da CHC!🩷
Vila Velha/ ES
Rogério Tomas Filho
Oi,pessoal da CHC!!!Eu acabei de ler o “Micróbios no Espaço”Eu adorei esse tipo de pesquisa!E quando eu crescer eu quero ser da NASA!Pois sei muito sobre o espaço