O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e de outras doenças, encontra no verão as melhores condições se reproduzir: altas temperaturas e chuvas fortes que resultam em… água parada! Sim, é na água parada que as fêmeas do mosquito depositam seus ovos e, sem demora, muitos mosquitos adultos estarão por aí, fazendo aumentar o número de casos de dengue, chikungunya e Zika.
Como não existem vacinas para essas doenças – que podem sim ser perigosas! –, transmitidas pelo Aedes aegypti, o que temos de fazer é evitar a proliferação do mosquito. Pequenas ações podem auxiliar as autoridades sanitárias nesse combate: evitar água parada; colocar o lixo em sacos plásticos bem fechados e manter a lixeira limpa e tampada; colocar telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras que impeçam a entrada do mosquito em casa; usar roupas que reduzam a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, e usar repelentes, seguindo as instruções do rótulo.
Lembre-se, uma fêmea de Aedes aegypti pode botar até 1.500 ovos durante toda a sua vida. Mesmo que o local onde foram depositados fique seco, os ovos podem resistir por até 450 dias, aguardando condições ideais para se desenvolverem.
Jean Carlos Miranda
Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e Terra
Universidade Federal Fluminense
Claudio Eduardo de Azevedo e Silva
Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
A resposta é sim, isso é possível! Mas não se desespere, a forma mais fácil de uma pessoa morrer por picada de formiga é se ela tiver uma reação alérgica por causa do contato com o inseto e, mesmo assim, dificilmente a pessoa vai morrer com uma única picada.
Você já ouviu falar nas formigas lava-pés? Elas são as mais famosas por atacar em grandes grupos quando alguém pisa em seu formigueiro, podendo causar alergia. Outra espécie que causa medo é a formiga de correição, encontrada dentro de troncos de árvores. Elas são conhecidas como grandes predadoras das florestas, porque, para se alimentarem, milhares de formigas formam trilhas gigantes e devoram qualquer ser vivo pelo caminho. Existem relatos de que o cardápio delas é variado: comem desde outros insetos até animais maiores, como sapos, lagartos e serpentes. Outra formiga muito curiosa é a tocandira, que tem as mordidas e picadas mais dolorosas do mundo, com toxinas que podem causar paralisia no local da picada durante dias.
Por via das dúvidas, não vale a pena o risco de ficar no caminho dessas formigas, não é mesmo? Mas olha: ainda que nos causem medo, todo ser vivo tem um importante papel na natureza!
Luana Caiafa
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Universidade Federal de Juiz de Fora
Thiago Novato
Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza
Universidade Federal Rural de Pernambuco
A introdução de novas espécies vegetais pode ser sim uma ameaça a conservação da biodiversidade. Mas, por que isso ocorre? As espécies de plantas nativas, ou naturais de uma determinada área, podem ser ameaçadas de extinção com a chegada das espécies exóticas (plantas naturais de outras regiões) e, consequentemente, todo o ambiente pode sofrer com um desequilíbrio.
Geralmente, as mudas de plantas exóticas chegam a um ambiente novo levadas pelas pessoas pelos mais diversos motivos. Essas plantas podem se adaptar bem em outras áreas e até impedir o desenvolvimento de outras plantas nativas ao seu redor. Muitas vezes, uma planta exótica se torna uma invasora ao se desenvolver e se distribuir de forma descontrolada no novo lar. Nesse caso, provocam desequilíbrio do ecossistema, seja por causa da sombra que fazem, seja pela absorção de nutrientes do solo ao ocuparem áreas de mata ou urbanas.
No Brasil, já foi identificada uma quantidade enorme de espécies exóticas invasoras em áreas naturais protegidas ou não. Para impedir o espalhamento dessas espécies, intencionalmente ou não, é preciso buscar informações (em livros, na internet e com especialistas) para identificá-las e nunca retirar da natureza os vegetais para levar para outro lugar.
Edinalda Milioranza Gomes e Kelly Costa de Alcântara
Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso
Matéria publicada em 25.12.2021