Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, em 2 de agosto de 1894, filha de um importante médico e cientista, Adolfo Lutz, e de uma enfermeira inglesa, Amy Fowler. Desde pequena Bertha demonstrava muito interesse por plantas e animais. Quando jovem, foi estudar na França e se formou em ciências naturais, em 1918, na universidade de Sorbonne, em Paris. Nesse período em que morou fora, Bertha conheceu o movimento das sufragistas, na Inglaterra, que lutava pelo direito feminino ao voto. Ao retornar ao Brasil, em 1918, ela se transformaria em uma das mais conhecidas defensoras do feminismo em nosso país.
Em 1919, Bertha foi aprovada em um concurso público do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, para atuar como bióloga. Ela se destacou como pesquisadora numa época em que não era comum a presença de mulheres na ciência. Com isso, abriu espaço para que outras mulheres fizessem o mesmo. Nesse mesmo ano, criou, junto com outras defensoras do feminismo, a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher, que seria o começo da chamada Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), organização que lutava pelos direitos políticos das mulheres, como o direito a emancipação e ao voto.
Robertha Triches
Professora do Departamento de História do Colégio Pedro II
Doutora pela Universidade Federal Fluminense
Sou professora de História e adoro falar sobre as personalidades que marcaram o Brasil de outras épocas!
Matéria publicada em 23.10.2020
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